Pais devem pesquisar antes de comprar material escolar

professora nilza-barbosa

Para os pais de crianças em idade escolar, janeiro é  o mês de correria para comprar  material didático. Segundo os dados mais atuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2012), em Salvador foram feitas 304.047 matrículas no ensino fundamental.

Os elevados preços de mercado fazem com que as pessoas busquem uma nova alternativa para reduzir os gastos, sem deixar de comprar os itens pedidos pelas escolas.

Um dos meios de fazer essa economia é lançar mão de  alternativas como pesquisa de preços e reaproveitamento de artigos que não se degradam rapidamente, a exemplo, de mochilas, estojos e tesouras.

Para facilitar a famigerada sondagem dos preços, os pais podem usar como ferramenta de ajuda sites de buscas como o BuscaPé e o  Já Cotei.

A Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) classifica a prática como “extremamente importante”, pois os valores  podem ser bem diferentes de uma loja para outra.

“A variação de preços pode ser muito grande por dois motivos: alguns varejistas têm estoque do ano anterior e outros estocam no primeiro semestre, evitando os aumentos que a indústria faz a partir de julho”, explica a gerente de atendimento da Abfiae, Claudia Reis.

Abusos

Reclamações sobre abusos nas listas de materiais escolares  são uma constante. Muitos pais não concordam com o pedido de certos itens e a quantidade exigida pelos colégios. “No ano passado, a escola pediu dez folhas de cartolina. Minha filha não usa tudo isso em um ano. Imagina se todos os alunos levarem essa quantidade? Trezentas cartolinas por turma. Um absurdo”, declarou a dona de casa Simone da Silva, 37, mãe de Éricka, 12.

A Lei Federal 12.886 de 2013 proíbe a inclusão de artigos de uso coletivo na lista de material escolar do estudante. Grandes quantidades de papel, grampeador, grampos,   papel higiênico, álcool, copos, tinta para impressoras e pastas classificadoras são  exemplos.

Os abusos cometidos pelas escolas podem ser denunciados por meio do Procon Online (http://www. procononline.com.br/procon-ba) ou, ainda, em um dos postos do órgão. Na capital, há unidades no Centro, Salvador Shopping e avenida Centenário.

Doações e trocas

Em relação aos livros didáticos e paradidáticos (títulos de apoio, como clássicos da literatura brasileira), há possibilidade de reduzir custos com  a troca e doação de exemplares ou, ainda,  a compra em sebos.

“Uma vez, os livros dos meninos aqui em casa acumularam. Para não jogar fora, eu resolvi doar. Uma amiga me indicou o sebo e eu fui”, contou a enfermeira Mariana Mendonça, mãe de Pedro Jorge, 13, e Caio Henrique, 10.

Mariana falou, também, que, desde que passou a trocar e adquirir livros em sebos, pagando um valor muito inferior ao cobrado nas livrarias, só compra novos os que não encontra usados. “No começo, as crianças ficavam com medo dos colegas rirem, mas depois acostumaram. É preciso explicar os motivos. Economiza muito e ajuda a preservar o meio ambiente” disse.

“Antes, a gente tinha vergonha porque achava que era livro velho. Mas minha  mãe explicou e, economizando com  livros, deu para a gente ter outras coisas. Ganhei o violão que tanto queria”, contou Pedro Jorge.

Sebos e Postos de Troca

Troca livros: Rua Lima e Silva, 14, Liberdade – Lapinha. (71) 3481-2081

Sebo Brandão: Rua Ruy Barbosa, 15, Centro. (71) 3242-3721

Bahia Livros: Avenida Vila Coqueiros,  80, Lapa. (71) 3329-0903

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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