Os outros não são eles – Maurílio Lopes Fontes
O segundo levantamento eleitoral realizado pelo instituto Pesquisa & Análise nos dias 3, 4 e 5 de outubro em Alagoinhas, como não poderia deixar de ser, gerou o tão conhecido jus sperniandi (direito de espernear e/ou reclamar). A expressão é corriqueira no meio jurídico.
A crítica de alguns foi direcionada para o item Outros da pergunta espontânea “Em quem o (a) Sr (a) votaria se a eleição para a Prefeitura de Alagoinhas fosse hoje”? Outros alcançou o índice de 1,7%, o que totaliza em termos numéricos (arredondados) sete citações de nomes.
Probabilisticamente, é primário depreender que nenhum nome foi citado de forma relevante dentro deste índice. Não houve coincidências de citações homogêneas nos diversos locais pesquisados.
Por permitir resposta espontânea, o entrevistado pôde optar por seu próprio nome, pelo do vizinho, pai, mãe, namorada e qualquer outra pessoa, próxima ou não dele. Não há nenhum compromisso em citar nomes de pré-candidatos à Prefeitura de Alagoinhas.
Portanto, os questionamentos metodológicos não procedem, pois estatisticamente as sete citações não constituem parâmetros relevantes para macular os resultados espontâneos.
Itens registrados no questionamento espontâneos: Nenhum, 14,5%, com 58 citações; Não Sei, 57,7%, 230,8 citações, arredondadas para 231. Estes dois tópicos indicam que 72,2% dos entrevistados ainda não têm candidato ao Executivo.
Há, sem dúvida, um grande espaço a ser conquistado. Com trabalho e não por meio de contestações que não mudarão a vontade do eleitor.
As reclamações não procedem e devem ser direcionadas aos eleitores de Alagoinhas. Viver é preciso. Reclamar nem sempre, principalmente quando as lamúrias focam no acessório e esquecem o principal: a falta de intenção de voto.
