O “pofexô” Paulo Cezar – Maurílio Fontes

O “pofexô” Vanderlei Luxemburgo ganhou vários campeonatos estaduais e nacionais. E perdeu tantos outros.

O “pofexô” Paulo Cezar ganhou várias eleições. E vem perdendo todas, por meio de interpostas pessoas ou diretamente, com seu nome colocado para apreciação do eleitorado em 2018 e 2020.

Paulo Cezar é quase um ex-político perdido no vazio de sua existência sem mandato, com muito tempo ocioso e ideias de menos que colaborem para o desenvolvimento sustentável de Alagoinhas e microrregião. 

É risível, senão trágico, ouvir sua verve paupérrima em ondas hertzianas, com tom “pofexôrau”,  a indicar caminhos e, de maneira cabotina, elogiar sua administração de cabo à rabo, com memória seletiva para esquecer o grande escândalo tornado público às vésperas da eleição de 2018, cujas consequências causaram-lhe dano incontestável  na disputa municipal do ano passado.

Paulo Cezar teve seu tempo de glória, foi abandonado pela política, sua parceira de tantos anos, mas apegado a um passado que teima em não voltar, não quer abandoná-la.

Ele luta contra o declínio, algo natural após tantos anos exercendo mandatos eletivos. 

Camaleônico, como a maioria dos políticos, já passou por várias legendas, foi candidato em 2020 pelo DEM à Prefeitura de Alagoinhas e pretende disputar o terceiro mandato na Assembleia Legislativa, provavelmente, pela nova sigla União Brasil, em processo de constituição.

Até ai, tudo bem. Nada de novo no front. É do jogo da política.

Não custa lembrar – é de conhecimento público e Paulo Cezar nunca escondeu de ninguém – que sua a derrota na eleição de 2006 foi colocada na conta de ACM Neto.

Agora, pré-candidato à Assembleia Legislativa, Paulo Cezar afirma que “só vai para ganhar, na certeza”, como se eleições fossem equações controláveis e não dependessem de circunstâncias que ninguém consegue dominar. 

Prefeito por oito anos, não solidificou sua imagem na microrregião, erro primário que hoje custa-lhe muito caro, diminuindo suas possibilidades de sucesso no pleito de 2022.

A não ser que o ex-mandatário alagoinhense esteja esperando ser carregado – algo improvável – pelo deputado federal Paulo Azi.

ACM Neto e Paulo Azi têm à frente complexas variáveis eleitorais para manter a competitividade do ex-prefeito de Salvador.

Paulo Cezar é apenas uma peça no tabuleiro da disputa do governo do estado. Sem a importância que imagina ter. 

Autoengano? 

O ciclo de vida do político Paulo Cezar dependerá em grande medida de sua performance em 2022, cuja tendência  aponta para um quantitativo de votos menor do que aquele obtido em Alagoinhas no pleito de 2018.

Em 2020, Paulo Cezar tinha certeza da vitória e sua candidatura naufragou na reta final.

Com seu ar de “pofexô”, Paulo Cezar achou que era o maior político de Alagoinhas do século XXI. 

Deu com os burros n´água e seu grupo político paga o preço da soberba, da certeza da vitória e da ansiedade em distribuir antes do fechamento das urnas os principais cargos da prefeitura. 

O pofexô” quer dar lições aos políticos locais, no entanto, ainda não aprendeu as suas, dentre as quais a humildade verdadeira, cristalina, transparente, baseada não em um personagem esculpido à moda da casa para chasquear os eleitores incautos, mas em propósitos que tenham como centro os interesses de Alagoinhas. 

O futuro é logo ali. O fim de Paulo Cezar na política pode estar mais próximo do que ele imagina e deseja. 

 

Foto: Alagoinhas Hoje – Março/2020

 

 

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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