O Brasil que elegeu Dilma x o Brasil que quer impeachment

dilma-rousseff-em-discurso-no-dia-18-04-2016

Em 2010, a economista Dilma Rousseff – apresentada como “mãe do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)” – sacramentou um momento histórico na política brasileira. Por 55 milhões de votos, a mineira foi eleita a primeira mulher presidente da República.

Seria difícil prever, porém, que meses depois de sua reeleição em 2014, quando mais de 54 milhões de brasileiros consagraram a ela mais uma vitória, Dilma registraria uma reprovação superior a do ex-presidente Fernando Collor de Mello, destituído do cargo em 1992.

Segundo o Datafolha, em agosto de 2015, 71% dos brasileiros consideravam a gestão da petista como ruim ou péssima. Já Collor, em setembro de 1992, tinha a reprovação de 68% dos eleitores.
Acusada de ter cometido crime de responsabilidade ao maquiar as contas públicas, Dilma Rousseff corre o risco de ser afastada do cargo já na próxima semana, quando o Senado avalia se o julgamento do processo de impeachment contra ela deve ser aberto.

A série histórica da pesquisa Datafolha revela a discrepância da opinião dos brasileiros que elegeram Dilma em 2010 de quem hoje clama pelo fim de seu mandato.

Em 2011, quando acumulava apenas três meses de governo, a petista conquistou a melhor avaliação de um presidente em início de mandato – em março daquele ano, 47% dos brasileiros aprovavam a gestão de Dilma Rousseff.

De lá para cá, a queda foi dura. No mês passado, apenas 13% classificou a gestão da petista como ótima ou boa.

Fonte: Exame

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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