Nova conjuntura não favorece reeleição de Maria Quitéria à presidência da UPB – Maurílio Fontes

Embora seja do PSB e tenha fechado com a candidatura de Rui Costa, a prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria, terá dificuldades para reeleger-se à presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB). A nova conjuntura não a favorece e muito provavelmente sua candidatura naufragará até dezembro, mês anterior ao da eleição, marcada para os primeiros dias de janeiro de 2015. 

O papel de Quitéria foi superestimado por razões objetivas e em função de questões menos tangíveis, que garantiram-lhe amplos espaços na mídia e sucesso entre seus pares, secundada, em muitos momentos, pelo deputado federal eleito Luiz Caetano (PT), ex-prefeito de Camaçari, que detentor de uma máquina poderosíssima, fez de sua companheira de diretoria a sucessora na entidade municipalista.

É verdade que ela se movimentou em defesa do rol de interesses dos municípios baianos, mas, de fato, cumpriu apenas a liturgia do cargo, que abriu-lhe caminhos em Brasília e na estrutura do governo estadual. Apenas mais do mesmo.

Ouviu-se dizer, entretanto, que a administração de Cardeal da Silva foi abandonada e a prefeita poucas vezes apareceria na cidade. Sem dúvida, o cotidiano da gestão municipal de uma cidade pequena e sem máquina administrativa para fazer frente às demandas dos cidadãos, não possui o glamour, os tapetes vermelhos e a repercussão quando comparado com a feérica agenda da comandante da UPB. 

Quitéria, em muitas ocasiões, mais parecia uma celebridade do que alguém com responsabilidades públicas dada a tietagem (não é culpa dela) direcionada à sua figura.

Outros tempos se avizinham e muito provavelmente a atual gestora da UPB terá que dar lugar a um colega. Nada mais democrático do que o rodízio do poder.