MPF denuncia crackers por fraudes em bancos; 7 são presos

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O Ministério Público Federal (MPF), em parceria com a Polícia Federal, deflagou uma operação para desmascarar uma organização criminosa que, desde 2010, praticava fraudes contra instituições financeiras pela internet, em Vitória da Conquista (a 509 km de Salvador), com prejuízo avaliado em R$ 289.160,00.

A ação denominada de “Lammer”, resultou em 21 pessoas denunciadas e sete presas. A Justiça Federal recebeu a denúncia do MPF no dia 31 de dezembro e determinou a prisão de Iuri Pereira dos Santos, além da manutenção dos outros que já estavam presos: Leandro Morais Paixão, Nelita Almeida Ferraz, Delmiro Ferraz, João Batista, Sandro Camilo, Tiago Bezerra, Sandro Bezerra. O único foragido é Iuri Pereira.

De acordo com as investigações, o esquema ocorria da seguinte forma: Leandro Morais e Iuri Pereira eram os programadores responsáveis por captar dados bancários de correntistas. Eles obtinham informações pessoais e as repassavam à Nelita Almeida Ferraz, responsável por invadir a conta corrente das vítimas e orientar saques e transferências dos valores depositados. Depois, a organização recrutava pessoas para ceder a conta corrente que recebia o dinheiro furtado.

Conforme o MPF, o núcleo da organização é composto por Delmiro Ferraz e João Batista, irmão de Nelita; e Fábio dos Santos, marido dela; além de Sandro Camilo, Tiago Bezerra, Davi Ferraz e Raquel Barbosa. Todos vão responder por invasão de dispositivo informático alheio, cuja pena prevista é de seis meses a dois anos de prisão; e por furto qualificado, com pena de reclusão de dois a oito anos e multa. Eles devem responder, ainda, por promoção de organização criminosa, onde a pena estabelecida é de três a oito anos de prisão e multa.

Outros envolvidos, segundo o MPF, são Kesley Marques, Marcus de Jesus, Leandro Prado, Anderson Caldeira, Elder Ferreira, Ezequiel de Souza Santos, Mikaelly da Costa, Matheus Marques de Souza, Walisson Lima dos Santos e André Luís Dantas, suspeitos de serem favorecidos por transferências em suas contas ou participarem dos saques, sendo denunciados por furto qualificado.

Operações

Durante a apuração foram identificadas, no mínimo, 15 operações, e o MPF acredita que a atuação da organização seja ainda mais extensa. Isso porque, no período entre 1º de janeiro de 2011 e 13 de março de 2012, ao menos 62 contas bancárias vinculadas à Caixa Econômica Federal foram lesadas. A perícia realizada em um celular de Nelita Ferraz identificou o acesso a, pelo menos, 635 contas do Banco do Brasil. Embora não tenha sido objeto principal da investigação, algumas provas indicam que a organização também atuava no pagamento de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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