Máscaras teatrais – Maurílio Fontes

MASCARA-CAIDA

A corrupção campeia em nossa província e sua naturalização (aceitação) é algo que choca, demonstrando o tranquilo caminho trilhado por aqueles que, em passado recente, estavam quebrados, e hoje vivem de forma nababesca, como se fossem sultões e sultanas orientais.

Mansões cinematográficas em Alagoinhas, carros avaliados em mais de R$ 200 mil e casas no litoral norte da região metropolitana de Salvador se tornaram corriqueiros para os mágicos alagoinhenses, que transformaram algumas funções em poços que jorram ininterruptamente dinheiro grosso, “exportando capitais para outros lugares”, ao arrepio da Receita Federal e também da Polícia Federal.

Os novos ricos adquiriram hábitos do topo da pirâmide social brasileira e se tornaram muito sensíveis às críticas da imprensa, preferindo (e até exigindo) o alinhamento automático dos comunicadores. Conseguem, sem muito esforço, calar microfones e paralisar teclados.

Na verdade, a conta é paga pelos contribuintes de Alagoinhas. É o preço da omissão coletiva. O modus operandi da atualidade é algo nunca visto nestas plagas, que já conviveu com muitos deformados, aldravões, mendazes, loroteiros e intrujões.

Os bastidores fervilham. O medo está estampado nas faces rotas e nos caracteres (plural de caráter) de segunda categoria, completamente estraçalhados, daqueles que se acham capazes, por serem atores canastrões, de ludibriar todos por todo o tempo.

São tigres de papéis e os últimos acontecimentos revelam a tibieza de suas personalidades pervertidas. A despeito da fanfarronice crônica, estão inabilitados ao bom combate e totalmente despidos dos predicados para contraditar aqueles que buscam a verdade.

Querem jogar os embustes, as trapaças, as cavilações, os engodos, as artimanhas, as fraudes e os artifícios para as calendas gregas (Quando os romanos ironicamente falavam das “calendas gregas” queriam referir-se a uma data que não existia).

Não contem comigo e nem com o silêncio do site Alagoinhas Hoje. A verdade, por mais difícil que seja o seu alcance, sempre será a meta perseguida, duela a quien le duela”, (doa a quem doer) como afirmam com grande sabedoria os espanhóis.

Gostam de vassalos. Infelizmente para eles, não aprendi a dobrar minha espinha dorsal.

Que cada um cuide de sua biografia e não queira dourá-la com cores aprazíveis, quando concretamente suas vidas não passam de peças farsescas.

A carapuça e a máscara da farsa foram feitas sob medida para suas vidas teatrais.

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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