Marina assume candidatura do PSB e coloca homens de sua confiança na campanha

Na sede nacional do PSB em Brasília, Marina foi anunciada nesta quarta-feira (20) como candidata oficial do partido à Presidência da República. Assim como a ex-senadora, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) também foi confirmado como componente da chapa socialista, ocupando o posto de vice.

“Chego ao PSB com o sentido de responsabilidade, com o compromisso assumido nesses dez meses de intenso trabalho e com a disposição de honrar o compromisso com Eduardo Campos”, declarou Marina, confirmando sua candidatura na sede do partido.

Ao assumir a candidatura, Marina colocou nomes de sua confiança no comando de campanha. Os escolhidos fazem parte do Rede Sustentabilidade, partido criado pela ex-senadora, que ainda não foi registrado oficialmente. A nova agremiação assume claramente uma posição de protagonista na coligação que sustenta a candidatura da ex-senadora, que reúne PSB, PPS, PHS, PRP, PPL e PSL.  

Um dos grandes articuladores da Rede, o deputado federal Walter Feldman será o homem forte da campanha, assumindo o posto de coordenador-executivo. Representando o PSB, o secretário-geral do partido, Carlos Siqueira, vai auxiliar Feldman  no comando.  

Antigo adjunto da coordenação de campanha do PSB e também da confiança de Marina, Bazileu Margarido responderá pelas finanças da campanha. Henrique Costa, fortemente ligado a Campos, continua no comitê financeiro, mas agora ficará concentrado na arrecadação de doações.  

Aliás, o comitê financeiro da campanha, numa deferência as posições políticas de Marina, definiu que não aceitará doações de empresas dos setores de armas, bebidas alcoólicas, fumo e agrotóxico.  

Outra mudança na chefia  de campanha foi feita na assessoria de imprensa, que agora será chefiada por Nilson Oliveira. No setor de mobilização permanece Pedro Ivo.  Maurício Hands e Neca Setubal  também continuam na coordenação geral.

Marina e o vice Beto 

A indicação de Marina como candidata a presidente já era esperada desde a morte de Campos na quarta-feira (13) da semana passada, num acidente aéreo na cidade de Santos. A ex-senadora era vice do ex-governador na chapa do PSB.

Marina sempre planejou candidatura própria, mas preferiu embarcar como vice na campanha de Campos depois que a Justiça Eleitoral barrou a fundação da Rede Sustentabilidade. Sem legenda, filiou-se ao PSB junto com seus principais seguidores com a autorização para homologar sua legenda já em 2015.

Com a tragédia da semana passada, seu nome para encabeçar a disputa foi imediatamente dada como certa e defendida principalmente pela viúva do ex-governador pernambucano, Renata Campos, até os últimos minutos cotada para vice.

Marina mal assumiu a vaga e já é pressionada a ratificar as alianças partidárias costuradas por Campos e até agora rejeitadas por ela, como as candidaturas de reeleição dos tucanos Beto Richa, no Paraná, e Geraldo Alckmin, em São Paulo.

Em seu quarto mandato de deputado federal, Beto Albuquerque é tido entre aliados como um hábil conciliador. Ele comandou a bancada em um momento chave, quando o partido anunciou seu desligamento do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) para construir a candidatura própria ao Planalto.

Nome organicamente ligado ao partido, empenhou-se fortemente pela candidatura de Campos em seu Estado, candidatando-se ao Senado para garantir um palanque ao pernambucano, apesar de entrar em uma disputa pouco promissora.

Fonte: iG

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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