Luislinda tenta ficar ministra como baiana
Luislinda Valois já vivia a solidão política como ministra da Secretaria de Direitos Humanos de Michel Temer quando o PSDB, o partido que a guinchou ao ministério, rompeu com o governo. Agora, ela se desfiliou e ficou mais só ainda.
Sem partido, sem bancada e sem padrinhos, e ainda com a desastrada declaração de se dizer numa situação análoga a de um escravo por não conseguir acumular os salários de ministra e desembargadora aposentada, o que estaria pretendendo ela com o ato de se desfiliar do PSDB?
Falava-se ontem em Brasília que a jogada dela é tentar sobreviver no ministério como representante da negritude baiana.
Cola? Só se for com Temer. Cá, líderes do movimento negro riram disso.
Barrada no STF – Aliás, em 24 de maio deste ano um grupo de mães e pais de santo de terreiros tombados de Salvador foi à ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, conversar sobre o processo que discute o abate de animais para fins religiosos, ainda hoje em tramitação na Corte.
Luislinda apareceu dizendo que queria entrar. Cármen Lúcia perguntou:
– Vocês querem que ela entre?
A resposta foi categórica: “Não!”.
Luislinda disse que foi barrada por Marcelo Resende, que, por sua vez, afirmou:
– Eu não barrei. Mas barraria.