Livros de colorir para adultos causam escassez de lápis

lapis

Comuns entre as crianças, os livros de colorir se tornaram de alguns anos para cá uma febre também entre os adultos.

“Jardim Secreto. Livro de Colorir e Caça ao Tesouro Antiestresse”, de Johanna Basford, foi o segundo livro mais vendido de 2015 pela Amazon no Brasil.

O surgimento do segmento, que sequer existia há pouco tempo, afetou também a demanda por seus necessários companheiros: os lápis de colorir.

A Faber Castell, maior fabricante do produto do mundo, viu o fenômeno ocorrer em várias regiões e está experimentando um crescimento na casa dos dois dígitos.

“A produção dos nossos lápis cresceu fortemente em relação ao ano anterior. Atualmente, estamos fazendo mais turnos do que o normal na nossa fábrica em Stein, na Bavaria, para satisfazer as necessidades globais pelos lápis dos nossos artistas devido à moda dos livros de colorir para adultos”, diz Sandra Suppa, da empresa, ao jornal britânico The Independent.

Em maio do ano passado, a empresa relatava a multiplicação anual em 5 vezes dos pedidos no Brasil e a inclusão de um terceiro turno de fabricação para suprir a demanda.

A fábrica de São Carlos, no interior paulista, é a maior planta industrial da empresa no mundo e tem 2 mil pessoas que fazem 2,5 bilhões de lápis por ano.

De acordo com o jornal New Zealand Herald, as fabricantes europeias Staedtler e Stabilo também estavam suando para garantir o fornecimento.

A moda começou na França e estourou em vários lugares do mundo, com destaque para a China. Até as marcas de outros segmentos entraram na febre por meio da publicidade.

Especialistas atribuem o fenômeno à nostalgia com a infância e a necessidade de criar espaços para foco e introspecção fora do mundo da internet.

Fonte: Exame

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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