Justiça revoga novo estatuto do Vitória; presidente do Conselho fala em intervenção

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A Justiça revogou a implantação do novo estatuto do Vitória, aprovado pelos sócios do clube em assembleia realizada no dia 20 de dezembro. A informação foi confirmada pelo presidente do Vitória, Raimundo Viana, em entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta quinta-feira (14). O pedido de implantação foi protocolado pelo presidente do Conselho Deliberativo, José Rocha, e deveria ter sido publicado no site do clube. Contrário às mudanças propostas, Viana pediu paz.

“A informação procede sim. Ainda não analisei a decisão, mas já recebi a informação. É um presente do Senhor do Bonfim. O Vitória precisa de paz. Já temos tantas coisas na cabeça e aí precisamos ir tirando algumas”, disse o dirigente.

Essa não é a primeira vez que a atual direção do Vitória usa a Justiça para barrar as mudanças. No dia 14 de dezembro  juiz Gustavo da Silva Machado, da 1ª Vara de Juizado Especial de Causas Comuns, determinou a suspensão da Assembleia Geral convocada aprovar os itens da reforma do estatuto do clube. Quatro dias depois o Conselho Deliberativo conseguiu liminar e a reunião foi realizada.

Presidente do Conselho Deliberativo, José Rocha informou que ainda não foi notificado da decisão, mas criticou a atitude dos dirigentes rubro-negros e prometeu convocar uma nova assembleia para propor uma intervenção judicial no clube.

“Ainda não estou sabendo. Eu vejo a decisão como uma ação do Vitoria de não querer as eleições diretas. Eu vou convocar a Assembleia Geral e vamos decidir por uma intervenção. Na segunda quinzena de janeiro eu baixo o edital de convocação da Assembleia para decidir sobre a intervenção no Vitória”, afirmou José Rocha ao CORREIO.

 Novo estatuto 

Entre as mudanças aprovadas pelos sócios, o novo estatuto do Vitória prevê eleições diretas para presidente já em dezembro deste ano, além da diminuição do tempo de carência para que o sócio possa se candidatar em eleições presidenciais do clube, que anteriormente era de cinco anos e passou a ser de três. Ficou definido também que o sócio precisa ter 18 meses de adimplência para exercer o direito a voto.

A partir do novo estatuto, também haverá proporcionalidade na próxima formação do conselho deliberativo, que hoje tem a maioria pertencente a situação.

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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