Jucá implode a lua de mel de Michel Temer
Michel Temer tentou ser amável com Romero Jucá ao dizer que ele continuará colaborando com o governo, mas a gravação da conversa entre ele e Sérgio Machado, da Transpetro, causou o estrago bombástico. Veja:
1 – Botou combustível pesado no discurso de que Dilma foi vítima de uma articulação golpista, inclusive na imprensa estrangeira.
2 – Vitaminou a tese de que o melhor para o país é a convocação de novas eleições já.
3 – E mandou o que resta de credibilidade ética nos figurões da representação política hoje instalada em Brasília pelos ares.
Apesar dos protestos do mundo artístico contra a extinção do MinC, o que forçou o recuo do governo, vinha quase tudo caminhando bem nos primeiros dias de Michel Temer. A lua de mel, que já vinha chamuscada com a nomeação de ministros suspeitos na Lava Jato, como Jucá, acabou mal.
Seja como for, Jucá, que ao se explicar disse pretender acabar com ‘a sangria’, agora é quem sangra. E melou Temer.
Fato desagradável – Antônio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara, minimizou o caso envolvendo Romero Jucá:
– Foi apenas um fato desagradável.
Cai a máscara – A opinião de Jaques Wagner, que era ministro de Dilma, é diametralmente oposta:
– Vinte e três de maio de 2016 entrará para a história como o dia em que o golpe foi definitivamente desmoralizado, desmascarado.
No Parlasul – Bastante tumultuada no último 26 de abril, dias antes da votação do impeachment no Senado, a reunião do Parlamento do Mercosul, o Parlasul, nesta segunda em Montevidéu, foi vitaminada por Jucá.
O baiano Arthur Maia (PPS) gastou um tempão para dizer que o impeachment foi legítimo e que por aqui está tudo bem.
Fonte: Coluna Tempo Presente/A Tarde