Indústria baiana cresce 0,9% no mês e sinaliza leve recuperação

A produção da indústria de transformação extrativa mineral da Bahia, ajustada sazonalmente, cresceu 0,9% em janeiro de 2018, em relação a dezembro de 2017, quando aconteceu recuo 1,7%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e na comparação com janeiro de 2017, a indústria baiana apresentou expansão de 5,6%. O indicador, no acumulado dos últimos 12 meses, apresentou estabilidade frente ao mesmo período do ano anterior, resultado melhor do que o -1,8% registado no acumulado de dezembro.

Segundo a analista técnica da Superintendência de Estudos Econômicos (SEI), Carla Nascimento, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, a indústria apresentou expansão de 5,6%, enquanto que o aumento no ritmo da produção industrial nacional foi de 5,7%. Os avanços mais acentuados aconteceram no Amapá (32,7%), Pará (14,1%) e Santa Catarina (10,9%) e as maiores quedas no Espírito Santo (-7,8%), Pernambuco (-2,4%), Paraná (-1,8%) e Mato Grosso (-0,4%). A analista explicou que o crescimento se deu, entretanto, sobre uma comparação ruim, devido aos resultados negativos registrados em 2017.

Na Bahia, sete das 12 atividades pesquisadas registraram aumento da produção. O setor de veículos (39,6%), com maior fabricação de automóveis e o de metalurgia (18,2%), devido a maior produção de de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre foram as maiores influências positivas no período. Mas os produtos destes segmento são destinados majoritariamente para a exportação, o que não indica assim, aumento da demanda interna, nem reflexos na melhoria da atividade industrial que se reflita em mais empregos nestas áreas.

Outros segmentos

Apresentaram resultados positivos os segmentos de produtos alimentícios (12,3%), indústrias extrativas (10,2%), bebidas (12,7%), produtos de borracha e de material plástico (0,8%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (37,6%). Produtos químicos (-2,4%) foi a principal contribuição negativa, influenciada pela menor fabricação de benzeno, propeno não-saturado e etileno não-saturado, apesar dos bons resultados verificados em 2017.

Para fevereiro, avaliou Carla Nascimento, as perspectivas dependem do desempenho dos setores de de derivados de petróleo, que tinha previsão de parada no mês passado, e de veículos, que devido a grande produção no segundo semestre do ano passado pode ter acumulado estoque. O setor metalúrgico é um dos destaques e deve continuar crescendo., como estima a SEI.

 

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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