Governo não avalia corretamente crise de imagem – Opinião – Maurílio Fontes
Mergulhado em uma profunda crise de imagem, o governo não avalia corretamente o momento atual e age como se nada estivesse acontecendo.
Faz cara de paisagem e sofrerá nas próximas quadras impactos negativos na conformação de sua imagem, que precisa ser trabalhada corretamente pela Secretaria de Comunicação Social e a agência de publicidade paga com recursos do erário.
Falta competência comunicacional ao governo, fracionado entre grupos políticos que não se entendem, pois sinergia organizacional é matéria-prima rara no interior da administração.
O espontaneísmo é a marca do governo, como se os ventos da hora é que definissem os passos a serem trilhados.
Cada “capitania quase hereditária” (entenda-se secretaria) tem seu dono.
Muitos agem como “prefeitinhos” ou “prefeitinhas”.
Aparentemente, o governo vive como se Alagoinhas fosse o país de Alice.
As matérias veiculadas semana passada no jornal Tribuna da Bahia, no site Política Livre, em sites de repercussão nacional (ABERT e Portal Imprensa do UOL) e em veículos de internet do interior do estado foram péssimas para a imagem do governo.
Nenhuma palavra da SECOM, sempre omissa quando a imagem governamental está em discussão.
Usar dinheiro público para determinar a linda editorial de veículos de comunicação é uma atitude autoritária e se aproxima daquilo que é inaceitável legalmente.
O prefeito “legal, bacana e massa”, sem entender o que está se passando, recorre a consultores informais do governo para saber se houve estragos em sua imagem.
Qualquer opinião é válida, bem vinda e pertinente, mas o mais importante é sair do imobilismo comunicacional.