A hora da vingança do PMDB e de Geddel Vieira Lima – Maurílio Fontes
Eleições são sempre diferentes e os cenários nunca se repetem.
Mas as mágoas permanecem e perduram ao longo do tempo.
Há sempre o interesse de dar o troco.
Embora neguem, políticos sempre esperam pela hora da vingança.
Na Bahia, o caso de Geddel Vieira Lima é típico e demonstra que a estratégia oposicionista do ex-ministro de Lula tem como principal objetivo derrotar o PT na Bahia, em função, dentre outras situações, da traição de que foi personagem na eleição ao governo do estado em 2010.
É fato.
Ele contou – ingenuamente, registre-se – com a possível isenção da então candidata Dilma Rousseff e do presidente Lula e, ao contrário, teve contra sua candidatura a máquina do governo federal e o apoio explícito à reeleição do governador Jaques Wagner.
Aliançado às forças oposicionista no estado e em nível federal, Geddel se mantém em postura pendular quanto a seu posicionamento no plano nacional.
Tudo indica, entretanto, que Vieira Lima se afastará das intenções do PT em nível de Brasil, a exemplo do que acontece no território baiano desde 2009.
Em Alagoinhas, sem candidaturas fortes à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal, o PMDB não terá palanque consistente, a não ser que a pretensão de Geddel – se for viabilizada – conte com o apoio daqueles que se posicionam contra o governo petista no município.
Com o prazo final de filiação encerrado no dia 5 de Outubro, a eleição começou de fato e as articulações ganharão novos contornos até Dezembro, afunilando-se a partir do primeiro trimestre, até chegar ao dia 30 de Junho, quando as coligações deverão estar formalizadas com a definição dos nomes que comporão as chapas majoritárias – governador, vice-governador e senador.
O fato é que Alagoinhas, com um pouco mais de 100 mil eleitores, terá papel relevante na disputa de 2014 por ser um dos principais colégios eleitorais do estado.