Governo Bolsonaro omite dados sobre encolhimento do Bolsa Família
Dados sobre o enxugamento programa Bolsa Família, revelados pela Folha de S.Paulo, tem sido escondidos pelo governo Bolsonaro. De acordo com a publicação, o Ministério da Cidadania começou a barrar o número de novas famílias que entram no programa, sob a justificativa de falta de dinheiro.
Sob sigilo, integrantes do administração federal afirmam que a fila de espera para o programa é de aproximadamente de 700 mil famílias. O governo federal, no entanto, não informa os números e onde está a maior parte do problema.
Após a revelação do caso, realizada no início de outubro, a Câmara requisitou esclarecimentos ao governo, mas até a última sexta-feira (22), último dia do prazo, o ministério não respondeu ao pedido – há a possibilidade de um prazo maior para a divulgação ser requisitado.
Se não responder, o governo poderá ser acusado de crime de responsabilidade, previsto na Constituição.
“É muito grave esse comportamento de não prestar satisfações públicas e essa falta de transparência em uma questão tão relevante que é o Bolsa Família. Sem a resposta, nós vamos tomar providências legais”, disse à Folha o líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (SP), autor do pedido, que foi chancelado pela Casa.
Pela Lei de Acesso à Informação, o governo federal também se recusa mostrar os dados, apesar de diversas tentativas feitas pela Folha.
O Bolsa Família atende pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, com renda per capita de até R$ 89 mensais, e pobreza, com renda entre R$ 89,01 e R$ 178 por mês. Em novembro, a cobertura do programa é estimada em 13,2 milhões de famílias. O benefício médio atual é de R$ 191,08 por família.
Fonte: bahia.ba
