Governadores querem agenda comum contra a crise econômica
Com dificuldades para enfrentar a frustração de receitas diante da crise econômica, governadores se reúnem nesta segunda-feira, 28, em Brasília para discutir a elaboração de uma agenda de propostas visando a melhora do ambiente econômico do país.
O documento será entregue ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
O encontro dos chefes dos Executivos estaduais para discutir a conjuntura política e econômica foi articulado pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB).
Até ontem haviam confirmado presença 13 governadores, tanto que fazem oposição ao governo federal – entre eles, os tucanos Geraldo Alckmin (São Paulo) e Marconi Perillo (Goiás) – quanto fiéis aliados de Dilma Rousseff, como o petista Fernando Pimentel (Minas Gerais) e o peemedebista Luiz Fernando Pezão (Rio de Janeiro).
“Vivemos a mesma realidade e enfrentamos problemas comuns”, afirmou Rollemberg, que citou, como exemplos, a questão do financiamento a investimentos, a geração de empregos e o pagamento das dívidas com a União.
O objetivo dos governadores, segundo Rollemberg, é também estabelecer uma atuação conjunta para monitorar as votações no Congresso.
Os governos estaduais já discutiam em conjunto alternativas para enfrentar a crise fiscal, mas querem afinar o discurso para entregar uma pauta pós-ajuste, com enfoque em medidas para estimular o crescimento econômico.
Contam com a adesão de Barbosa a uma agenda mais desenvolvimentista. O encontro dos governadores está marcado para o meio-dia.
Assim como a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, os Estados também precisaram recorrer a “remédios amargos” – termo usado pela presidente para definir o aumento de impostos e corte de investimentos e de benefícios sociais – para fechar as contas em 2015.
LRF
De acordo com o último relatório de gestão fiscal dos Estados – elaborado em setembro pelo Tesouro Nacional e com dados consolidados até agosto deste ano -, a parcela da receita que os governos estaduais gastam com o pagamento de servidores está no nível mais alto nos 15 anos de vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal.
O recorde ocorreu principalmente por causa da queda de arrecadação provocada pela retração da economia.
Fonte: Estadão