Geddel sinaliza apoio a Aécio Neves
Pré-candidato do PMDB ao Palácio de Ondina, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que busca se viabilizar como o nome para unir o grupo oposicionista na Bahia em 2014, sinalizou nessa segunda-feira (23/9) a possibilidade de apoio ao senador Aécio Neves (PSDB) na corrida ao Palácio do Planalto, agregando parte dos peemedebistas, atuais aliados da presidente Dilma Rousseff (PT), ao projeto da oposição nacional.
Apesar de destacar que a decisão do PMDB ficará clara no “futuro”, o líder peemedebista no Estado retribuiu com simpatia a declaração do tucano, que em entrevista à Tribuna frisou otimismo em relação à permanência do PMDB baiano com o PSDB, como acontece em várias partes do Brasil. “Eu acho que quem ganha é a Bahia”, citou.
Nos bastidores também consta que a aliança com o PSDB e DEM, iniciada nas eleições municipais com a vitória de ACM Neto a prefeitura de Salvador, pode repercutir não apenas no plano estadual, mas também com a sustentação do palanque de Aécio, que há muitos anos já compartilharia afinidades com peemedebistas baianos. “Tenho uma relação fraterna e de amizade com Aécio com quem participei de várias articulações, respaldadas no respeito mútuo e por isso não há nenhuma dificuldade de diálogo com ele, como de resto não há com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), nem com a ex-senadora Marina Silva”, afirmou Geddel.
Segundo o ex-ministro, essa decisão estará vinculada ao que for melhor para construção de um projeto para a Bahia. “Esse é o momento da conversa, portanto, vamos conversar com todos que queiram conversar conosco e na hora de decidir o jogo nacional nós iremos à direção que facilite as chamadas oposições na Bahia”, enfatizou.
“Quero ser candidato ao governo”
Geddel reafirmou a sua disposição em se colocar como cabeça de chapa da candidatura que irá possivelmente unir a oposição baiana. “Eu tenho dito com franqueza e clareza que eu desejo e estou trabalhando para ser candidato a governador. Esse legitimo posicionamento eu me autoimpus como uma posição que represente a unidade das forças não contra o PT, não contra o governador, mas a favor da Bahia”, reiterou.
O dirigente do PMDB disse que não vai ser problema para a unidade do grupo formado inicialmente pelo DEM, PSDB e PPS. Caso não seja o escolhido, ele frisa que será “o primeiro a proclamar o apoio, sem nenhuma restrição a partido ou nome que tenha maior capacidade que a minha de costurar a unidade”
Ontem, Geddel liderou o evento do PMDB com a presença de prefeitos e vice-prefeitos do partido. Durante todo o dia, o pré-candidato ao governo conversou com os correligionários sobre a reestruturação da legenda, as articulações para 2014. “Eles estavam extremamente animados. Não somente nas conversas de hoje, mas nas minhas andanças pelo interior tenho sentido que todos querem uma mudança de rumo (no Estado)”. Participaram 42 perfeitos e 52 vices.
Fonte: Tribuna da Bahia