Ex-vereador Radiovaldo Costa defende que novo governo apure denúncias sobre o Minha Casa, Minha Vida
Ontem (2), o ex-vereador Radiovaldo Costa se reuniu com o prefeito de Alagoinhas, Joaquim Neto, o secretário municipal de Assistência Social, José Alfredo Menezes Filho, e o procurador-geral da prefeitura, James Gautério, para discutir a gestão e as denúncias sobre o programa Minha Casa, Minha Vida.
Costa defendeu que o novo governo apure as denúncias e realize auditoria no programa em função da má gestão da Secretaria de Assistência Social na administração cezista. “A falta de transparência sempre foi a regra básica da ex-gestora e existem centenas de denúncias acerca dos privilégios concedidos aos amadrinhados e apadrinhados”, disse na reunião com os três representantes do novo governo, acrescentando “que havia inversão total de valores e a entrega das casas gerou muita suspeição”.
Ele citou vários exemplos, mas um particularmente, segundo o ex-vereador, é emblemático: em um dos conjuntos do Minha Casa, Minha Vida foi beneficiado o proprietário de um veículo FUSION, que custa mais de R$100 mil.
Costa garantiu que existem dezenas de exemplos iguais ao do veículo sofisticado, que são demonstrativos da falta de critérios objetivos do programa em Alagoinhas. “O que está por trás disso tudo”?, questionou.
“São visíveis as distorções do programa e a completa irresponsabilidade da SEMAS na gestão do Minha Casa, Minha Vida”, pontou Costa.
Em contato com o editor do Alagoinhas Hoje, o ex-vereador assegurou que mesmo sem mandado continuará trabalhando para esclarecer os fatos e pretende ir fundo no sentido de levar adiante as denúncias. “O governo Paulo Cezar acabou, mas a responsabilidade daqueles que praticaram supostos desvios de finalidade não cessam como em um passe de mágica, apenas porque uma nova administração começou”, garantiu.
Calu
Hoje (3), o secretário José Alfredo Menezes Filho e Radiovaldo Costa conversarão com o gerente-geral da principal agência da Caixa Econômica em Alagoinhas. O assunto será a lista do conjunto Linha Verde, situado na Calu, que no entendimento do ex-parlamentar foi entregue no final do governo Paulo Cezar de forma apressada e sem consistência técnica.
Costa defende que a lista seja auditada e que aqueles que foram contemplados provem as reais necessidades de moradia. “Quem tem responsabilidade pública não pode fechar os olhos para os desvios que aconteceram no programa Minha Casa, Minha Vida patrocinados pelos antigos gestores da Secretaria Municipal de Assistência Social”, finalizou.
