Estudantes participam de Festivais de Coral e de Fanfarras

Além de gerar ambientes lúdicos, interativos e divertidos, a música possibilita a interiorização de estruturas linguísticas. É dentro da possibilidade de propiciar o aprendizado de um novo idioma e seus aspectos linguísticos de maneira agradável, visando formar seres humanos mais sensíveis e harmoniosos, que os professores de Língua Espanhol idealizaram o 5º Festival Intercultural de Corais (FICO). O projeto pedagógico interdisciplinar, mais uma vez, mobilizou a comunidade escolar do Colégio Estadual Padre Palmeira, no bairro de Mussurunga I, em Salvador, nesta reta final do ano letivo.

“Os seres humanos são musicais por natureza. Amam cantar e ouvir canções. Por isso, procuramos aproveitar a música para motivar em quase todas as áreas de estudo, visto que a música muda a rotina das atividades da sala de aula. É um elemento fundamental para o desenvolvimento das habilidades auditivas, orais, de leitura e de escrita”, destaca o diretor da unidade, Flávio Moreira de Oliveira. A música, no caso, enfatiza o gestor, é uma das estratégias na aprendizagem da língua, que reflete o lado afetivo do aprendiz. “Ou seja, trabalha com o seu nível de ansiedade, além da autoestima, interação e motivação, que são elementos essenciais para o sucesso na aprendizagem de línguas”, ressalta.

Durante o festival – que envolve outras disciplinas, como Arte, Geografia e Sociologia -, os alunos foram avaliados de acordo com o domínio da língua estrangeira, a musicalidade, a coreografia e o figurino, focando na pluralidade cultural. “A ideia foi aguçar e motivar a curiosidade do estudante a aprender de forma prazerosa, através da música, considerada uma linguagem universal que pode ser usada para a comunicação, a inspiração, o entretenimento e, também, para a Educação”, ressalta a professora de Língua Espanhola, Joseli Quirino.

“Ao longo desses cinco anos, aprimoramos o festival, sempre trabalhando com a aquisição da língua estrangeira através de um viés artístico. E como a música é um ponto forte na nossa comunidade escolar, investimos na área, embora também trabalhamos com a dança e o teatro. O trabalho foi realizado durante todo o ano letivo, com a participação de 14 turmas, cada um representando um país de língua espanhola. O resultado positivo é fruto da adesão de pessoas de diversos ramos de atividade que acreditam ser a arte um dos caminhos possíveis para a formação desses estudantes”.

O primeiro lugar ficou com a turma do 2º A, representando a Guiné Equatorial (único país da África que tem o Espanhol como língua oficial). O segundo foi conquistado pelas turmas 2º ano E e 1º ano F, representando o Equador. Já o terceiro lugar ficou com o 1º ano B, que mostraram a cultura da República Dominicana.

O Espanhol é a língua oficial de 21 países no mundo, sendo que, destes, sete fazem fronteira com o Brasil. Incentivado pela Lei n.11.161 de agosto de 2005, que estabelece a obrigatoriedade do ensino do idioma latino no Ensino Médio, o Colégio Estadual Padre Palmeira oferece a Língua Espanhola na sua matriz curricular desde 2009. Os estudantes podem utilizar o seu aprendizado como meio de comunicação nos negócios, nos estudos, no turismo, nas ciências e na tecnologia.

Outra atividade musical realizada nas escolas estaduais, neste final do ano letivo, foi a quarta edição do Intercolegial de Bandas e Fanfarras, sediada no Centro Estadual Edgar Santos, no bairro do Garcia, em Salvador. A iniciativa reuniu a comunidade estudantil de outros oito colégios públicos da rede estadual. Os vencedores foram os colégios João Caribé (1º lugar), Navarro de Brito (2º lugar), Visconde de Mauá e Helena Matheus (3º lugar) e Professor Carlos Alberto Cerqueira (4º lugar).

Participaram, ainda, os estudantes dos colégios estaduais Isaias Alves e Raul Sá, bem como do Edgar Santos, sendo que os alunos desta unidade, como anfitriã, não participam da disputa, apenas apresentaram um número de dança voltado para o tema da paz. “O evento é sempre muito participativo e, este ano, contou com cerca de mil estudantes. É um trabalho que começa no início do ano letivo, em cima do tema da cultura da paz nas escolas, e o resultado é muita integração e amizade entre os participantes”, destaca o coordenador do evento, o professor do Colégio Estadual Manoel de Jesus, em Simões Filho, que atua, ao longo do ano, com os professores de cada colégio participante.