Empresas que prestam serviço ao governo do estado não pagam funcionários que atuam em Alagoinhas – Exclusiva
Hoje pela manhã na Câmara de Vereadores, funcionários da FLEX Assessoria e Empreendimentos Ltda e da Delta Locação de Serviços Ltda, empresas que prestam serviço à Secretaria Estadual de Educação, se reuniram com o vereador Radiovaldo Costa para discutir alternativas visando resolver os problemas que enfrentam há vários meses.
Os funcionários da FLEX, que atuam nas funções de recepcionistas e nas portarias das escolas estaduais, completaram hoje 60 dias sem receber salários.
A assistência médica, os tíquetes alimentação e os vales transporte foram cortados no final de Maio. As férias não são pagas de acordo com a lei (no início do período de descanso e sim no final).
No encontro com o vereador, foi constatado também que os descontos relativos ao vale transporte estão acima dos limites permitidos por lei.
A FLEX atua também em outras cidades sob a jurisdição da DIREC 3, totalizando 54 unidades escolares.
A folha de pagamento dos empregados que trabalham em Alagoinhas é calculada R$300 mil por mês.
Existem, portanto, passivos de R$600 mil com os salários dos trabalhadores.
Delta
Os contratados pela Delta Locação de Serviços trabalham na área de serviços gerais das unidades escolares estaduais e também enfrentam uma série de problemas: estão sem assistência médica, tíquete alimentação e vale transporte.
Os salários de Maio foram pagos no dia 21 de Junho, data muito além daquela prevista em lei, que determina o quinto dia útil do mês subsequente ao trabalhado.
Na conversa com o editor do site, três funcionários da Delta disseram não saber quando receberão os salários de Junho.
Sob condição de anonimato, uma trabalhadora afirmou que os salários de Maio foram pagos com valores diferentes e a maioria não recebeu o piso. “Cada um de nós recebeu um valor e as razões das diferenças salariais não foram explicadas”, enfatizou.
Na segunda-feira, de acordo com definição dos que participaram da reunião de hoje, os funcionários das duas empresas não trabalharão e às 8 horas estarão na Câmara de Vereadores para discutir os rumos da paralisação. ” Sem salários não temos mais como nos deslocar para as unidades escolares”, disse um dos trabalhadores.
O vereador Radiovaldo Costa encaminhará na segunda-feira, dia 8, uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) com informações sobre os problemas enfrentados pelos trabalhadores da FLEX e da Delta.
Informações obtidas pelo Alagoinhas Hoje indicam que a Secretaria Estadual de Educação está pagando as faturas devidas às duas empresas com regularidade.