Empresas pedem acordo para evitar dupla tributação

Grandes empresas, como Embraer, Odebrecht, Natura e Weg, voltaram a cobrar do governo a criação de políticas públicas para conter o desinvestimento feito pelas companhias brasileiras com atuação no exterior.

Reunidas em um fórum criado pela CNI, as empresas apresentaram um pacote de reivindicações ao ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

Entre 2011 e 2013 (dado mais atualizado), os aportes realizados pelas companhias em outros mercados registraram uma sequência de saldos negativos, com pico para 2013: US$ 3,5 bilhões (R$ 10,5 bilhões, na cotação atual).

Os dados são da CNI a partir de informações da Unctad (braço da ONU para o comércio e desenvolvimento).

“Uma empresa não deixa de exportar e nem de criar empregos quando se instala em outros países”, diz José Rubens de La Rosa, coordenador do Fórum das Empresas Transnacionais (FET) e CEO da Marcopolo.

“A companhia fica mais competitiva e inova sua matriz.” Do documento constam pedidos pela aprovação de leis de tributação sobre o lucro de empresas e funcionários no exterior.

“É mais difícil fazer negócios num outro ambiente extremamente competitivo com carga tributária dobrada”, afirma De La Rosa.

O ministro Armando Monteiro afirmou, por meio de sua assessoria, que o Plano Nacional de Internacionalização, que será lançado nos próximos dias, contemplará parte das reivindicações apresentadas pelas empresas.

O Brasil fechou 2013 com um estoque de investimentos no exterior de US$ 272,9 bilhões (R$ 821,4 bilhões, na cotação atual).

Fonte: Folha de São Paulo

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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