Embaixador diz que África quer andar com os próprios pés
O seminário internacional Somos Africanos? : Novas estratégias para a ascendência africana no Brasil e na América Latina teve início na noite desta terça-feira (04), na Biblioteca Pública Municipal, com as presenças do diplomata e embaixador da União Africana (UA), em Moçambique, Manuel Tomás Lubisse, do subsecretário-geral do Ministério de Relações Exteriores para África e Oriente Médio , Paulo Cordeiro, do secretário da Promoção e Igualdade Racial – SEPROMI, Elias Sampaio, do representante da Casa de Angola na Bahia, Camilo Afonso e do coordenador do Centro de Estudos Mario Gusmão – CEMAG, Zulu Araújo. O evento é promovido pelo Governo Federal e abre as comemorações dos 50 anos de fundação da UA.
Durante a cerimônia de abertura, Paulo Cordeiro destacou o importante papel da UA como mecanismo para o estreitamento dos laços do continente africano com o Brasil e citou a participação, em março deste ano, na Etiópia, da presidente Dilma Rousseff, como representante da América Latina nas comemorações do cinquentenário da entidade: “Nesse encontro a presidente reiterou a importância da autonomia e cooperação entre ambas regiões”.
A primeira conferência foi ministrada pelo embaixador Manuel Lubisse, e teve como tema: 50 anos da União Africana: Nova Parceria para o Desenvolvimento. O embaixador apresentou o histórico da organização e avaliou como positiva a sua contribuição para os avanços alcançados pelo continente. “Através do trabalho conjunto dos 55 países que compõem a União Africana e da consolidação de uma parceria com vistas ao desenvolvimento, a NEPAD, a África obteve melhorias em índices como democracia, crescimento econômico, investimentos públicos, infraestrutura, integração regional e desenvolvimento humano”, observou. Contudo, ele também ressaltou a importância de que sejam redobrados os esforços para encarar com êxito os desafios do futuro. “Somos um continente liberto, mas não totalmente livre. “A África está determinada a caminhar com os próprios pés e não lograr para as futuras gerações, a fome, a doença e a guerra. A garantia de que chegaremos ao que queremos em nosso caminho de desenvolvimento estar em tomar as nossas próprias decisões, sem que nos digam o que e como fazer”, disse enfático
O seminário prossegue até sexta (06), com conferências sobre os temas O pensamento Afro-brasileiro e a África, “ O pensamento Afro-brasileiro e a América Latina“ e grupos de trabalhos que debatem os desafios do mercado para a Música, Artes Visuais, Dança e Teatro afro-brasileiros. O encerramento será no Espaço Quadrilátero, às 20h, com show musical do artista Dão.
Fonte: Assessoria de Comunicação