Disputa por liderança da oposição é ‘irresponsável’, diz presidente do PCdoB na BA

O presidente do PCdoB na Bahia, Davidson Magalhães, avalia que a disputa pela liderança da oposição no Congresso Nacional no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) é “irresponsável, infantil e antipatriótica”. Ele acredita que o “nenhuma força política” deve ser excluída, diferentemente da possibilidade discutida de um bloco entre PDT, PCdoB e PSB, deixando de fora o PT.

“Acho que essa disputa, essa troca de acusações para ver quem lidera a frente de oposição é irresponsável, infantil e antipatriótica. Isso é uma irresponsabilidade com o Brasil e com o povo brasileiro. Minha opinião é de que isso é uma irresponsabilidade e descompromisso com o Brasil. Qualquer disputa de hegemonia em um quadro desses, com as dificuldades que o povo brasileiro vai passar, está passando e vai piorar, é uma irresponsabilidade”, afirmou o deputado federal licenciado, suplente do senador eleito Angelo Coronel (PSD), na chapa que coligou com o PT na Bahia.

A formação de um bloco que seria parte da uma “oposição propositiva” foi debatida na Câmara Federal na terça-feira (30). O presidente do PDT na Bahia, deputado federal Félix Mendonça Júnior, disse que o distanciamento com o PT ficou delineado desde as eleições, quando não houve coligação na chapa presidencial e na proporcional.

Para Davidson, quem tenta liderar a oposição, que na opinião dele, seria uma frente democrática, já demonstra que é “pequeno” para exercer essa tarefa. “Temos que buscar a unidade das amplas forças políticas, porque as primeiras medidas que foram apresentadas pelo presidente eleito são demonstração de despreparo e descompromisso com país e com o povo”, acusou.

‘Unidade’ – A candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT), Manuela D’Ávila (PCdoB), também se manifestou a favor de continuar na tentativa de construção de unidade da esquerda, após a declaração de Ciro Gomes (PDT), que afirmou ter sido “miseravelmente traído” por Lula.

Em publicação no Instagram,Manuela disse que a “não construção de uma unidade mais ampla foi o erro original e mais importante frente ao qual todos os outros são menores”. “No decorrer da campanha todos cometem erros. É claro que precisamos fazer balanço, discutir. Mas buscar responsabilizar agora qualquer ator ou força política, isoladamente, por nossa derrota é não compreender quem são nossos adversários e os gigantescos interesses contra os quais disputamos a eleição”, escreveu.

 

Fonte: bahia.ba

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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