Desorganização do PT de Alagoinhas é incontestável – Maurílio Fontes
O PT de Alagoinhas é uma uma legenda desorganizada e que não fez (e não faz) o dever de casa básico em política: formalmente, o dirigente da legenda é Edinaldo Oliveira de Jesus, mas na prática ele abandonou o cotidiano partidário há muito tempo, desde o imbróglio sobre a definição da candidatura petista à Prefeitura de Alagoinhas.
A vice-presidente da sigla, Edinajara dos Santos Lima, é quem responde pelo PT local.
Mas a falha mais grave é a seguinte: desfiliada do PT, Jucicleide (Juci) Cardoso dos Santos é a primeira vice-presidente da Rede em Alagoinhas, mas ainda aparece na certidão da Justiça Eleitoral como secretária sindical do Partido dos Trabalhadores.
Juci é companheira de Radiovaldo Costa, pré-candidato da Rede à Prefeitura de Alagoinhas. Ela está legalmente filiada à Rede e cumpriu os prazos determinados pela Justiça Eleitoral na migração do PT para seu novo partido.
Mas o PT, como pode ser constatado na certidão abaixo, desconhece sua saída e a mantém na direção partidária.
Diante de fatos que registram de forma inapelável a desorganização interna do PT, muitos optam em me criticar, com argumentos pueris e fantasiosos, quando deveriam questionar os motivos que originaram as lambanças petistas, indicativas de completa desordem burocrática e da falta de gestão administrativa.
É para deixar qualquer um estupefato, principalmente porque a legenda tem deputado estadual, vereador e governou Alagoinhas por oito anos. E mais do que isso: embora com manobras diversionistas, sonha em administrar mais uma vez o município.
Hoje, o PT de Alagoinhas é pior do que “a casa da mãe Joana”.
Muxoxos infantis não resolverão os graves problemas que o PT enfrenta no município. Ataques ao Alagoinhas Hoje, mantra de assessores deputado Joseildo Ramos, também são pouco produtivos e incapazes de dar conta da profundidade abissal na qual a legenda está mergulhada, sem oxigênio para novas batalhas eleitorais.
A narrativa escolhida não condiz com a realidade e é mera fuga do centro nevrálgico do problema atual: falta de capacidade para mobilizar a sociedade e partidos políticos, antes aliados, hoje adversários ferrenhos do petismo alagoinhense.
E a culpa, como pretendem fazer crer os assalariados, estaria longe da sigla e de seu “dirigente de fato”. O “mea culpa” é gesto de grandeza e humildade, necessário para seguir em frente. Mas improvável pelos personagens envolvidos.
É hora de arregaçar as mangas e trabalhar para a eleição de 2020.