Delação de Marcos Valério aumenta diferenças entre PGR e PF

A delação fechada pelo publicitário Marcos Valério com a Polícia Federal (PF) traz à tona a principal divergência que hoje opõe o órgão à Procuradoria-Geral da República em ação que aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Valério tentou negociar com o Ministério Público de Minas Gerais e a PGR. Após a recusa de ambas, fez um acordo com a PF, que precisa agora ser homologado pelo Supremo por citar políticos com foro.

O marqueteiro Duda Mendonça também celebrou acordo com a polícia depois de recusa da Procuradoria – seu caso aguarda homologação do ministro Edson Fachin.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, há ainda pelo menos mais quatro casos parecidos sob sigilo em negociação. PF e PGR divergem no método e na extensão do acordo de colaboração. Uma das principais diferenças está, por exemplo, no centro das discussões sobre o acordo fechado pela PGR com os sócios da JBS e que envolve o presidente Michel Temer.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem sido criticado por ter conferido perdão judicial e liberdade aos irmãos Joesley e Wesley Batista antes de investigar o conteúdo das declarações.

A polícia se limita a informar ao colaborador por escrito que “o magistrado poderá, após manifestação do Ministério Público, conceder o perdão, reduzir em até dois terços a pena” de prisão ou substituí-la por outra pena.
Fonte: Agência Brasil

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

Menu de Topo