Covid-19: 50% dos primeiros pacientes hospitalizados por coronavírus ainda têm sintomas dois anos depois

55% dos primeiros infetados com o coronavírus que precisaram ser hospitalizados continuam, dois anos depois, com um ou mais sintomas da Covid-19. O acompanhamento dos infectados no início da pandemia, em Wuhan, na China, mostra, no entanto, que o número e a intensidade dos problemas melhoraram. No topo da lista dos sintomas está a fadiga, problemas de sono e perda de cabelo. O estudo detectou reativação da maioria das sequelas entre 12 e 24 meses.

Com o passar do tempo e com as pessoas se recuperando da Covid, cresceram as evidências de que muitas delas foram curadas, mas não se recuperaram. Sem vestígios do coronavírus em seu corpo, elas relataram dezenas de sintomas diferentes que provavam que ele estava lá. Da perda de olfato ao nevoeiro mental, passando por palpitações e dores nas articulações, muitos dos afetados estavam com o que hoje é chamado de Síndrome da Covid Persistente. Embora muito se saiba sobre isso, a questão do tempo ainda precisa ser esclarecida: quanto tempo dura? Quando os problemas desaparecem? Por que alguns ficam e outros não?

Investigadores de várias instituições científicas chinesas têm acompanhado, desde o início da pandemia, a evolução de centenas de pessoas infectadas nos primeiros meses de 2020. Desde que saíram do hospital, eles foram entrevistados, submetidos a vários testes físicos e tiveram os pulmões e cérebros escaneados. Os acompanhamentos foram feitos seis meses após a alta e aos 12 meses. Agora, a revista médica The Lancet Respiratory Medicine publica os resultados das visitas feitas aos 24 meses. Este estudo, portanto, é o trabalho que tem mais avançado e permite uma boa caracterização do que é a Covid persistente.

Fontes: El País – O Globo

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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