Correios lançarão serviço de operadora de celular
A expectativa é de 1 milhão de clientes no primeiro ano. Esse é um projeto antigo da estatal para diversificar seus serviços, já que vem sofrendo com o recuo das receita devido à queda de demanda de serviços postais.
Em grave crise econômica, os Correios esperam arrecadar em 2017 R$ 4,5 milhões com a venda de chips e R$ 8,1 milhões com recargas de celular. Em 2016, a estatal fechou, pelo quarto ano seguido, no vermelho, com rombo de R$ 2 bilhões, valor semelhante ao de 2015.
Inicialmente, serão oferecidos apenas planos pré-pagos, chips e recargas. A partir de 2018, os Correios estudarão a viabilidade da oferta de planos pós-pagos.
A EUTV venceu o edital lançado em janeiro do ano passado, com uma proposta de R$ 297 milhões por um contrato de cinco anos.
Na qualidade de credenciado, os Correios não precisam fazer nenhum investimento para atuar como operador de telefonia – já que toda a infraestrutura de telecomunicações, por exemplo, será responsabilidade da EUTV, que usa a infraestrutura da TIM.
Será utilizada a rede de agências e a rede corporativa de dados já instaladas nos Correios, bem como os empregados já contratados.
Segundo a empresa, os pacotes serão planejados para estar entre os mais baratos do mercado. A estatal afirmou que objetivo é atender os clientes que buscam serviços simples, práticos e prestados com transparência e que o grande diferencial dos Correios Celular é a confiança na marca e a ampla rede de atendimento.
“Há um número enorme de brasileiros que ainda não utilizam telefonia móvel e um número ainda maior de usuários que querem algo mais de suas operadoras. Queremos ser uma boa opção para esses públicos, nos valendo de nossa vasta capilaridade e da confiança que o brasileiro tem nos Correios”, afirmou, em nota, o presidente da estatal, Guilherme Campos.
Em maio de 2014, o Ministério das Comunicações, ainda sob o comando de Paulo Bernardo, liberou os Correios para prestar serviços de telecomunicações como uma operadora de telefonia móvel virtual.
Na época, o plano era faturar R$ 1,5 bilhão a partir do quinto ano de operação do serviço de telefonia móvel.
Fonte: Exame