Convenção Viúva Porcina: “Aquela que foi sem nunca ter sido” – Maurílio Fontes
Os mais velhos não esquecem a Viúva Porcina, personagem da atriz Regina Duarte na novela Roque Santeiro, escrita por Alfredo de Freitas Dias Gomes, nascido em Salvador em 19 de outubro de 1922.
A Viúva Porcina ficou conhecida como “aquela que foi sem nunca ter sido”.
Explico: ela ganhou prestígio em Asa Branca por um suposto casamento com Roque Santeiro, personagem do ator José Wilker. Após o enlace matrimonial, Roque Santeiro teria morrido. Não houve casamento e nem Roque Santeiro morrera.
Por isso, “aquela que foi sem nunca ter sido”.
A convenção do União Brasil realizada para efeitos legais no dia 24 de julho, do ponto de político “aconteceu sem ter acontecido”, tal qual a Viúva Porcina.
As convenções são momentos-chave para a escolha oficial dos candidatos que representarão os partidos nas eleições, sendo um processo vital para a legitimidade e transparência eleitoral.
Servem também para mobilizar e motivar a base de apoio dos partidos, gerando entusiasmo e engajamento entre os membros e simpatizantes.
O entusiasmo gerado durante as convenções pode ser canalizado para esforços de campanha, resultando em um maior engajamento dos eleitores e uma base de apoio mais energizada.
As convenções também desempenham um papel estratégico na comunicação política. Elas oferecem um palco para os líderes partidários articularem suas visões, políticas e estratégias, moldando a narrativa pública e influenciando a opinião pública.
Isso pode ter um impacto significativo na percepção do eleitorado sobre os partidos aliados para a disputa eleitoral, com ganhos imediatos e nos meses seguintes.
Ao realizar a “convenção Viúva Porcina”, que do ponto de vista político “aconteceu sem ter acontecido”, o União Brasil de Alagoinhas abriu mão de um processo democrático, que até partidos sem muita representação parlamentar conseguem fazer com objetivo de reunir os filiados para tomar decisões quanto ao futuro, e optou pela mera formalização, atendendo às exigências legais, mas sem povo e as energias das convenções festivas, marcos fundamentais do processo eleitoral nos planos municipal, estadual e federal.
Em suma, as convenções partidárias são fundamentais para o fortalecimento da estrutura organizacional, estratégica e operacional dos partidos políticos, desempenhando um papel central na dinâmica democrática.
Na verdade, o Tênis Clube seria palco de uma segunda convenção do União Brasil se a denúncia sobre o registro da ata da “convenção Viúva Porcina” não tivesse vazado para a imprensa.
No dia 1º de agosto, próxima quinta-feira, o União Brasil realizará um encontro de lideranças.
Será um “encontro de lideranças Viúva Porcina”?