Caso de Marta Suplicy cria expectativa jurídica

A senadora Marta Suplicy (SP) saiu do PT dizendo não ter como conviver com os escândalos de corrupção envolvendo o partido. O PT, por seu turno, decidiu pedir o mandato dela na Justiça com a alegação clássica: infidelidade partidária.

Eis a questão: indignar-se com corrupção é motivo de constrangimento partidário?

Na doutrina da fidelidade até agora praticada, um tanto caolha porque só vale para quem tem mandato, ressalte-se, os constrangimentos justificáveis são aqueles em que a cúpula muda de lado e o detentor do mandato fica na difícil situação de passar a ser governo após ter fixado posição como oposicionista ou vice-versa.

O caso da senadora paulistana é absolutamente atípico. O mundo político diz estar em expectativa com mais esse subproduto da Lava Jato. Como ela ainda tem quatro anos de mandato, haverá tempo de sobra para vermos o desfecho.

Fonte: Coluna Tempo Presente/ Jornal A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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