Carnaval sob perigo – festa é cancelada em várias cidades
Uma das mais tradicionais festas no Brasil, o carnaval, está em baixa este ano. Várias cidades já anunciaram o cancelamento da comemoração. Novos prefeitos de municípios espalhados nas cinco regiões do país alegam que receberam a administração em frangalhos. E defendem que não podem, nesta situação, comprometer receitas com festividades carnavalescas. Outros afirmam que preferem investir em áreas prioritárias. As respostas dos moradores e demais envolvidos têm sido divididas.
Perder a festa parece não ter sido grande problemapara os moradores de Petrópolis, no Rio de Janeiro, por exemplo.
A repercussão nas redes sociais foi positiva por parte de residentes e não residentes. O prefeito Rubens Bomtempo alegou que gastará o dinheiro previsto – um milhão de reais – na saúde do município.
Até as escolas de samba da cidade concordaram.
Pelo menos uma capital já entrou no jogo. Não haverá neste ano o desfile das escolas de Florianópolis. Lá, no entanto, as agremiações se revoltaram com o corte dos repasses da prefeitura.
“Silenciaram o tamborim, calaram a cuíca e o chocalho. Apagaram a alegria e a felicidade. O povo incrédulo assiste mais um sonho terminar”, divulgaram em comunicado.
Vários estados
No estado de São Paulo, para horror dos amantes do carnaval, pelos menos 10 munícipios anunciaram o fim da festa, incluindo Marília, Itaquaquecetuba, Garatinguetá, São José dos Campos, São Carlos, Presidente Epitácio e Porto Feliz.
Na turística Ilhéus, na Bahia, o prefeito alegou que as dívidas da administração municipal não permitirão a realização do evento.
Há cancelamentos da festa anunciados ainda em cidades do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraíba e Rondônia.
Embora parte dos moradores dessas localidades tenham reagido positivamente ao anúncio, parte foi contra, alegando que o carnaval é uma grande fonte de receitas para a economia das cidades.
É preciso frisar que, em todos os casos, o que está cancelado são os repasses públicos para o carnaval, usado em apoio às escolas de samba – onde elas existem – e à infraestrutura, como arquibancadas.
Nada impede, no entanto, que o setor privado faça suas festas e que ainda haja blocos pelas ruas até mesmo nestas cidades do país.
Fonte: Exame