Campanha de Paulo Cezar à presidência da UPB precisa de melhor estruturação – Maurílio Fontes – Opinião
É natural e plenamente aceitável que a imprensa de Alagoinhas se interesse pela candidatura do prefeito Paulo Cezar à presidência da UPB. Não há mero bairrismo nisso. A cidade ganhará com o fortalecimento da candidatura.
Contudo, apoios circunstanciais em questões envolvendo aspectos políticos regionais não indicam, de pronto, concordâncias incondicionais às estratégias implementadas pela equipe do prefeito.
Até porque, determina o bom senso, que os assessores da Prefeitura de Alagoinhas, secretários incluídos, não participem das articulações. Este papel não lhes cabe. Não pode haver vácuo nas responsabilidades administrativas. O sucesso de ontem e hoje não garante um futuro pleno de realizações.
Alguns erros têm sido cometidos ao longo deste processo. As articulações poderiam ter começado logo depois da avassaladora vitória eleitoral de 7 de Outubro passado, algo sem precedentes na história política do município. O atraso pode comprometer o sucesso eleitoral.
A não comunicação aos deputados estaduais Aderbal Caldas e Paulo Azi, que fazem política na região, também se insere nos erros desta campanha, que com apenas 417 eleitores, é muito mais complicada do que uma disputa majoritária municipal.
O ideal, nem sempre realizável na política, seria a estruturação de um equipe de campanha extra prefeitura, que focasse seus esforços apenas e tão somente na campanha visando alcançar a presidência da UPB.
É bom lembrar que na última eleição, o ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, percorreu de avião todas as regiões do estado e conversou com os prefeitos de todas as cidades da Bahia. Antes, na disputa para o mandato de 2009/2010, Caetano perdeu a eleição para o então prefeito de Bom Jesus da Lapa, Roberto Maia (PMDB).
Questões paroquiais e provincianas não garantirão ao prefeito de Alagoinhas o sucesso esperado pela comunidade – e também pela imprensa – nesta nova empreitada.
Que os rumos sejam redirecionados. Até mesmo o afastamento temporário do prefeito, que daria lugar ao vice-prefeito Geraldo Almeida, por 15 dias, deveria ser considerado pelo staff, para que ele tivesse melhores condições de fazer sua campanha para valer.
O Alagoinhas Hoje tem sido divulgador da pretensão do prefeito e graças ao nosso trabalho – sem exagerada modéstia – a sua candidatura obteve repercussão em algumas importantes regiões da Bahia em função das matérias publicadas neste espaço.
Defender sua candidatura é uma coisa. Concordar plenamente com as estratégias levadas à cabo é outra coisa completamente diferente.