Câmeras visualizam foco de Aedes aegypti

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O equipamento de videomonitoramento que integra o sistema de segurança pública em Feira de Santana, localizada a 108 km de Salvador, tem sido utilizado para identificar  possíveis focos do mosquito Aedes aegypti.

O município apresenta 137 casos suspeitos de dengue, 73 de chikungunya e 64 de zica – doenças transmitidas pelo Aedes aegypti – notificados nos dois primeiros meses de 2016.

São cerca de 200 câmeras com alcance de 360 graus e capacidade de aproximação de até mil metros, que são gerenciadas pelas polícias Militar e Civil, além da Guarda Municipal.

O sistema passou a ser utilizado também para o serviço de saúde pública em janeiro deste ano e até agora já foram identificados 17 focos com larvas do mosquito.

“A ideia surgiu através de um guarda municipal que trabalha na central de videomonitoramento”, revelou o secretário municipal de Prevenção à Violência e Promoção dos Direitos Humanos (Seprev), Mauro Moraes.

Identificação

Ele explicou que os profissionais que atuam na central conseguem identificar lajes com água represada, caixas d’água sem tampas, locais com pneus e outros objetos que podem facilitar o acúmulo de água e a proliferação dos mosquitos.

A coordenadora da vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde de Feira de Santana, Francisca Lúcia da Silva Oliveira, afirmou que 930 agentes comunitários de saúde e 275 agentes de endemias estão atuando diretamente nos bairros.

Ela destacou, entretanto, que, apesar de as equipes fazerem as vistorias e mesmo com a utilização do sistema de videomonitoramento, “as pessoas precisam fazer a sua parte”. Em 2015, a Vigilância Epidemiológica de Feira de Santana notificou 1.529 casos de zika, 2.719 de dengue e 4.107 casos suspeitos de chikungunya.

O número de casos suspeitos de microcefalia na Bahia subiu de 817 para 863, desde outubro de 2015 até 5 de março de 2016, segundo boletim atualizado divulgado nesta terça-feira, 8, pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).

Os casos suspeitos foram notificados em 144 municípios, tendo Salvador  o maior número de casos suspeitos notificados (406). O número de mortes pela doença na Bahia, divulgado no último boletim, era 24, mas a secretaria retificou a informação no boletim desta terça e disse que 23 óbitos foram notificados até então.

Em Feira de Santana, foram notificados nos dois primeiros meses deste ano 29 casos de bebês suspeitos de terem nascido com microcefalia.  Destes, 15 foram confirmados, seis descartados e oito ainda estão sendo investigados.

Exposição conscientiza sobre prevenção a vírus

Uma exposição itinerante percorre diversos pontos da capital baiana até 3 de abril com o objetivo de educar pessoas de todas as idades sobre como devem se proteger contra o mosquito Aedes aegypti.

O empresário Adelmo Oliveira, de 48 anos, levou nesta terça o filho Daniel, de 11, ao Hiper Bompreço, na avenida ACM, para aprender sobre o inseto transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus. “É um incentivo a este trabalho. Vimos saber sobre os cuidados que devemos tomar. Só achei que a fêmea está amarelada e na realidade não é assim”, reclamou Adelmo. “Eu gostei mais de ver o mosquito de perto no microscópio”, contou, animado, Daniel.

Quem visita a exposição itinerante pode observar os mosquitos do Aedes aegypti por microscópios, conferir os ciclos de vida do inseto, assistir a vídeos informativos, além de entender como o mosquito nos enxerga através de lentes.

Itinerância

Márcio da Silva, 29, técnico de segurança do trabalho, foi conferir a exposição, nesta terça, e aprovou a iniciativa. “Me chamaram a atenção os vídeos e a divulgação sobre a epidemia. É uma forma de trazer para mais perto da gente a realidade”, avaliou.

Depois de São Paulo, Santa Catarina e Porto Alegre, a ação, que está em Salvador desde o dia 3, segue para Pernambuco.

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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