Caixa Cultural é palco do lançamento da Flica

Mesa redonda marcou o lançamento da Flica em Salvador - Foto: Gislene Ramos | Ag. A TARDE

O lançamento, em Salvador, da 5ª edição da Feira Literária de Cachoeira (Flica) aconteceu na noite desta sexta-feira, 18, na Caixa Cultural Salvador, na rua Carlos Gomes, com os autores Cristóvão Tezza e Ronaldo Correia de Brito.

No evento, os escritores apresentaram reflexões acerca do ofício de ser escritor, sob o tema A tradução da dor e do imaginário.  E ainda a cantora  Ana Mametto e Yacoce Simões apresentaram show de voz e violão após a mesa.

Neste sábado, 19, haverá ainda outras mesas com a presença de escritores como Fabrício Carpinejar e Laurentino Gomes. E também a Fliquinha,  com atividades literárias para o público infantil.

Além dos participantes da mesa, outros escritores baianos e intelectuais marcaram presença; assim como o secretário  de Cultura do estado da Bahia, Jorge Portugal.

A Feira Literária de Cachoeira (de 14 a 18 de outubro) teve sua programação oficial divulgada e, entre os convidados, há nomes da literatura mundial contemporânea como Meg Cabot (EUA), Helon Habila (Nigéria),  Mariana Trigo Pereira (Portugal), Kamila Shamsie (Paquistão), entre outros.

Sobre ser escritor

Com mediação do crítico literário Cristiano Ramos, a mesa de tema A tradução da dor e do imaginário foi abordada pelos escritores Cristiano Tezza e Ronaldo Brito,  especialistas em descrever  gente incomum, homens e mulheres com vidas intensas ou vazias, fartas ou indigentes.

Além de escritor e dramaturgo, Ronaldo é formado em Medicina e fala sobre o seu  contato com a literatura: “Foi no Recife, embora fosse do universo médico, que eu me aproximei  do universo literário. Mas eu achava que não seria escritor”, conta.

No evento, Ronaldo  também lançou o seu mais recente livro de contos, O amor das sombras. Para ele, o escritor precisa mergulhar nas sombras, como explica: “Ser escritor é um trabalho de trazer da luz para a sombra, da procura”.

Já  Cristóvão Tezza revela que  sempre quis ser escritor. “Na verdade, eu queria uma vida de ‘não entrar no sistema'”.  Autor de diversos livros, como  O Filho Eterno, ele define ofício de escrever: “Para mim, uma obra literária é uma hipótese de existência que você partilha com o leitor, que é colocado numa viagem sua, daí ele te acompanha”, diz.

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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