CAF: no vai, não vai, ela vem?
O prefeito Paulo Cezar anunciou para meados deste mês a assinatura do contrato com a Corporação Andina de Fomento (CAF) no valor de US$ 11,5 milhões. A novela, com pitadas dos dramalhões de Glória Magadan, uma das primeiras escritoras a ter roteiros filmados pela TV Globo, se arrasta em capítulos intermináveis.
O final será feliz?
Para uma fonte do Alagoinhas Hoje, que detém informações privilegiadas, o assunto morrerá em gavetas brasilienses e o atual governo não sentirá o odor convidativo das notas de cem dólares.
No vai, não vai, a CAF, ao que tudo indica, não aterrissará em Alagoinhas. Um parecer, prolatado em importante instância governamental, reanalisou a questão e opinou pela necessidade de novas diligências, que poderão comprometer o exíguo prazo à disposição do chefe do Executivo alagoinhense.
Paulo Cezar insiste, persiste, acredita e vende a ideia de que está tudo em pleno andamento para a liberação dos recursos da CAF, mas forças muito maiores transitam na direção oposta.
O futuro, brevíssimo, apresentará as respostas que a sociedade alagoinhense deseja, porque a conta será paga pelos contribuintes, em última análise, fiadores simbólicos (e práticos) da operação de crédito.
Um outro ingrediente analítico não pode ser desprezado: o empréstimo prevê contrapartidas da municipalidade, que enfrenta grave problema em seu equilíbrio econômico-financeiro. Portanto, não terá como investir recursos próprios neste projeto megalomaníaco, que endivida a Prefeitura de Alagoinhas e gera responsabilidade para os próximos gestores.
Minha Casa, Minha Vida
A partir de matérias do Alagoinhas Hoje, o programa Minha Casa, Minha Vida começou a respirar ares brasilienses. Impressões dos textos estão sobre a mesa de quem pode decidir pela realização de auditoria. O governo municipal sustentará o republicanismo do programa? A Secretaria de Comunicação, porta-voz cezista, terá que encontrar melhores argumentos.
Satanás
Em texto publicado no Facebook, quase incompreensível por conta de erros absurdos de concordância e de ortografia, o vereador Lenaldo Simões (DEM) afirmou que a denúncia do Alagoinhas Hoje sobre a destinação de R$100 mil para a Gincana Cultural de Alagoinhas Velha é coisa de Satanás. Argumento pueril com claro intuito de ludibriar os incautos e de boa fé.
Entidade
Uma entidade com sede na Praça Santa Isabel, fundada em abril de 2006, poderá emergir a partir das investigações sobre a Gincana Cultural de Alagoinhas Velha. O segredo está sendo desvendado. Para o bem da sociedade alagoinhense.
Obra
A obra da estação de tratamento de efluentes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), localizada na saída da cidade, depois da UNEB, que deveria estar pronta em 30 de junho, não foi concluída. Problemas à vista. O descumprimento do prazo poderá ensejar a tomada de contas especiais do órgão financiador e a devolução de recursos.
Votos
Cabos eleitorais, supostos detentores de votos, estão valendo uma fortuna em Alagoinhas. Dois candidatos à Câmara de Vereadores fazem verdadeiros leilões e demonstram capacidade para comprar muitos votos. A Justiça Eleitoral deveria fiscalizar os candidatos milionários.
Ocasião
Diz o ditado popular que a ocasião faz o ladrão. Na política, fatos publicados pela imprensa acabam revelando certos aproveitadores. O caso da emenda lenaldista de R$100 mil para a Gincana Cultural de Alagoinhas Velha é emblemático. Acabou ensejando o aparecimento de salvadores da pátria que “parecem” querer mitigar os prejuízos causados à imagem do vereador Lenaldo Simões. Pura balela. O foco não é a imagem do parlamentar e sim na grana.