BRESPEL é uma marca na industrialização de Alagoinhas
No momento em que Alagoinhas experimenta grande impulso em seu desenvolvimento, com a chegada de importantes marcas nacionais, é válido registrar que a implantação da BRESPEL, em meados da década de 70 do século passado, é uma marca para a industrialização do município.
O ex-prefeito Judélio Carmo (foto), em seu primeiro mandato (1º de Fevereiro de 1973 – 1º de Fevereiro 1977), foi o responsável direto pela instalação da BRESPEL e da CAVAN (fábrica de postes em cimento armado para redes de energia elétrica) no Distrito Industrial de Sauípe (DISAI), mesmo militando no antigo MDB e fazendo oposição ao governador Antônio Carlos Magalhães, que naquela época tratava os prefeitos não alinhados como inimigos.
Criado pela Prefeitura de Alagoinhas no governo do jornalista Judélio Carmo, o DISAI durante muitos anos pertenceu ao município e na década de 80 foi repassado ao estado, que até hoje o administra.
O DISAI representou o embrião da estratégia judelista para a industrialização de Alagoinhas.
A instalação da BRESPEL gerou ICM (antiga denominação do ICMS) para o estado e Alagoinhas, além de centenas de empregos em uma atividade de grande porte, com a qual o município não estava familiarizado.
Alagoinhas quase perdeu o curtume em razão da força política da família Coelho, que baseada em Petrolina (PE) e com ramificações na Bahia, fez tudo para assegurar a instalação da BRESPEL em seu estado.
Graças à articulação de Judélio, Alagoinhas conseguiu assegurar a instalação do curtume.
Sem autorização da Câmara de Vereadores, o então prefeito doou à empresa terreno para a construção de sua unidade e, durante muitos anos, respondeu na Justiça processo pela doação de uma propriedade do município sem que os trâmites necessários – e legais – fossem cumpridos à risca.