Apesar da gravidade das acusações contra o prefeito, Luciano Almeida não será exonerado
O governo retrocedeu e não exonerará Luciano Almeida, subsecretário de Serviços Públicos da Prefeitura de Alagoinhas, que foi “gravado” fazendo críticas contundentes e ácidas ao prefeito Paulo Cezar, inclusive de teor político que estão fora de sua alçada, por ser pré-candidato à Câmara de Vereadores e um dos nomes mais fortes do Democratas para ocupar uma cadeira no legislativo municipal. Atualmente, ele é suplente de Jorge da Farinha, mas cedeu o lugar para Barão.
Segundo uma fonte do Alagoinhas Hoje, que detém cargo de confiança na administração, as acusações são gravíssimas e atingiriam em cheio o chefe do Executivo, mas as intervenções de Marco Antunes, ex-vice-prefeito no primeiro mandato de Paulo Cezar, e de outros integrantes do grupo do deputado federal Paulo Azi, demoveram o governo de tomar a atitude.
A ameaça do rompimento político entre os dois grupos teria obtido maior peso na balança. “Não é hora de romper com os Azi”, disse, sob condição de anonimato, um componente do governo.
O episódio indica várias situações. Paulo Cezar está, de certa forma, tutelado pelo grupo azista. A autoridade do governo fica arranhada e a administração pode se transformar em um pigmeu político, sem estatura para conduzir a própria sucessão, porque ficará à mercê do humor e força de Paulo Azi.
O retrocesso da decisão inicial – exonerar o detentor de cargo de confiança – registra que a aproximação do fim da administração corrói a suposta supremacia cezista quando confrontada com as forças azistas.
Como será de agora em diante o relacionamento entre Luciano e o prefeito? O prefeito terá autoridade para cobrar do subsecretário ações em sua área de atuação?
Os bombeiros entraram em ação, mas as feridas cicatrizarão? Além disso, tudo pode mudar.
Foto (Assessoria de Comunicação da Câmara de Alagoinhas): Vereador Arão, Luciano Almeida (segundo da esquerda para a direita) e os vereadores Edilon Ramos e Roberto Torres.
