Alagoinhas avança no combate à Dengue

Alagoinhas não está na lista de cidades notificadas em janeiro deste ano – é o que aponta a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP) da Secretaria da Saúde do estado, que divulgou, no último dia 24, um alerta sobre o aumento do número de casos de dengue na Bahia.

Em comparação ao mesmo período do ano passado, o estado apresentou um crescimento de 94,1% nos registros, computando quase o dobro de notificações de 1º de janeiro até o dia 18, quando já sinalizava 400 casos da doença em 55 municípios. No ano anterior, foram 204 registros apresentados.

Com visitas domiciliares constantes e ações da Comissão de Mobilização, Prevenção e Controle da Dengue realizadas periodicamente nos bairros, o setor de endemias da Prefeitura de Alagoinhas pretende manter o município fora da lista de notificação.

“É uma preocupação que a gente tem de não deixar que essa realidade mude, porque estamos perto de Feira de Santana e de Salvador, dois municípios que têm apresentado altos índices”, afirmou o supervisor Danilo Cardoso, vice-presidente da Comissão.

De acordo com a coordenadora de endemias Telma Pio da Silva, é com ações preventivas e conscientização que Alagoinhas tem buscado diminuir os índices da doença. “Estamos fazendo um monitoramento contínuo, sobretudo dos pontos críticos, como a região do Barreiro e da Baixa da Candeia, que continuam sendo as principais localidades de infestação do Aedes aegypti”, pontuou.

Uma nova ação integrada da Comissão com os agentes de endemias deve ser realizada ainda em fevereiro e estão previstos, entre março e abril, segundo a coordenação do setor, faxinaços nos bairros sinalizados.

Em 2019, Alagoinhas não computou nenhum caso de dengue confirmado no município.

Histórico do município e ações intersetoriais

Embora Alagoinhas não tenha sido notificada em janeiro deste ano, quando a DIVEP publicou o alerta direcionado a profissionais de saúde dos municípios baianos, a coordenação de endemias da Prefeitura ressalta que ainda é preciso reduzir os índices de infestação com ações integradas e que a cidade não está fora da zona de risco.

“Estávamos com índice de pendência que conseguimos reduzir. A Comissão foi a campo fazer o trabalho em casas fechadas e conversar com os moradores. Conseguimos reduzir, com isso, cerca de 1,2 pontos da marca em que estávamos. A ação dos supervisores e o trabalho intensivo das equipes reduziram mais 1,2. Então estávamos com um índice de 23,5 que baixou para 21. Isso significa muitos imóveis, mas precisamos fazer ainda mais e buscar, cada vez mais, o apoio da população, para que consigamos reduzir também o índice de infestação predial e o Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti”, explicou Telma Pio da Silva.

Depois de apresentar um índice rápido de infestação (LIRAa) de 3%, em agosto do ano passado, Alagoinhas reduziu o percentual de focos do mosquito, segundo o último levantamento rápido de 2018, chegando a um índice de 1,4% no que se refere ao controle vetorial, mas precisa atingir um valor inferior a 1% para resultados satisfatórios.

Já foram realizadas, ano passado, ações no Km 19, na zona rural, em Baixa da Candeia, no Barreiro, no Cachorro Magro e na Praça Kennedy.

“É com foco em diminuir essas métricas que temos trabalhado. Temos planejado ações de conscientização e pedimos que os moradores deixem os agentes entrarem para as visitas domiciliares. É necessário que as pessoas se atentem aos pontos de água parada para evitar a proliferação do mosquito”, salientou Telma Pio.

Segundo ela, o trabalho dos agentes de endemias, as visitas, palestras educacionais nas escolas e treinamentos seguem sendo realizados de forma contínua no município.

Fonte: SECOM PMA

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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