Alagoinhas: Área da fábrica da Heineken está envolvida em disputa judicial e imprensa nacional repercute gravidade do caso
No site UOL e na pagina da internet da agência Reuters foram publicadas, na última segunda-feira (7), matérias com o seguinte título: DNPM planeja vistoria técnica em fábrica da Heineken em Alagoinhas (BA).
A vistoria, de acordo o texto, seria motivada por denúncias de supostas irregularidades ambientais.
Mas a confusão não para por aí e o caso apresenta elevado índice de gravidade, com teor alcoólico explosivo para a economia de Alagoinhas.
Segundo a Reuters, “a área ocupada pela fábrica em Alagoinhas é alvo de uma disputa judicial que se arrasta desde 1996, quando o empresário Maurício Brito Marcelino da Silva entrou com pedido de autorização de pesquisa para prospecção de fosfato no local”.
Na sequência, a jornalista Gabriela de Melo, que assina a matéria, informa que “na época, o DNPM indeferiu o requerimento, favorecendo a abertura no ano seguinte de uma fábrica do então grupo Schincariol, posteriormente comprado pela japonesa Kirin, por R$3,95 bilhões, em 2011”.
O empresário obteve em 2015 vitória no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Reuters publicou nota da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre o caso da fábrica da Heineken em Alagoinhas com o seguinte conteúdo: “Está examinando o alcance e teor da referida determinação judicial (STJ) para orientar o DNPM quanto ao seu correto cumprimento”.
A AGU disse, ainda, que “não foi exigida a desocupação da área ou adotada qualquer medida similar envolvendo o empreendimento da Heineken em Alagoinhas”.
No portal Coluna Esplanada, o jornalista Leandro Mazzini publicou matéria (ver abaixo), nesta quinta-feira (10), informando que a AGU “determinou que a empresa deixe imediatamente parte da área que abriga a fábrica de Alagoinhas (BA), de onde extrai milhões de litros de água pura, devido a ação judicial que se arrasta desde 1996 sobre a posse do terreno”.
O site Alagoinhas Hoje tentou falar, entre as 18 horas e 18h20, com o prefeito Joaquim Neto, com José Edésio, secretário de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, e Gustavo Carmo, secretário de Comunicação, mas todos os três celulares estavam na caixa.
Até às 18h50 eles não retornaram as ligações.
O deputado federal Paulo Azi, em conversa com o editor do site Alagoinhas Hoje, no final da tarde desta quinta-feira (10), declarou estar preocupado com a situação e se colocou à disposição para buscar meios capazes de resolver a disputa. “Não fui procurado pela direção da Heineken, mas estou dentre aqueles que desejam a melhor solução, que preserve os interesses das partes e garanta o equilíbrio da economia de Alagoinhas”, salientou o parlamentar.
A saída empresa, se confirmada em algum momento da disputa, gerará grandes prejuízos para a economia de Alagoinhas.
As partes envolvidas não falam em valores, mas as cifras certamente são milionárias e o montante estaria dificultando a resolução da querela.
Segundo fonte do site Alagoinhas Hoje, que mantém proximidade com a unidade fabril da Heineken em Alagoinhas, a vistoria técnica do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) teria acontecido hoje.
Matéria publicada no site UOL:
https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2018/05/07/dnpm-planeja-vistoria-tecnica-em-fabrica-da-heineken-em-alagoinhas-ba.amp.htm
Matéria publicada na página da Reuters:
https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1I820V-OBRBS
Matéria publicada no portal Coluna Esplanada:
Foto: Amilton André