Acordos com concessionários garante 400 milhões de barris à União
A Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), estatal responsável pela gestão dos interesses da União no pré-sal, espera fechar cinco acordos de individualização da produção com concessionários do setor de petróleo até o fim do ano.
As negociações referem-se a descobertas que extrapolam os limites das áreas concedidas e vão garantir à União reservas de cerca de 400 milhões de barris.
Em alguns casos, os projetos já estão em produção, o que significa que as receitas com a venda do petróleo pela PPSA podem reforçar o caixa do governo já nos próximos anos.
Por lei, os recursos têm que ser destinados a investimentos nas áreas de saúde e educação.
Os acordos de individualização da produção são instrumentos usados para dividir, entre as diversas partes interessadas, uma jazida.
São previstos quando um reservatório se estende para fora da área concedida a determinada empresa.
A lei do pré-sal determina que, quando a extensão se der em área não contratada, a PPSA negociará o acordo em nome da União.
Ao todo, há 20 negociações deste tipo em curso, envolvendo descobertas de até 20 bilhões de barris —o equivalente a metade do volume já descoberto no pré-sal.
ACORDOS PREVISTOS
Os acordos previstos pela PPSA para este ano referem-se aos campos de Tartaruga Mestiça, Lula, Sapinhoá e Carapeba, com a Petrobras, e Nautilus, com a Shell.
Em evento promovido pela FGV Energia, no Rio, o diretor da PPSA Renato Darros, disse que a parcela da União nos campos tem 1,2 bilhão de barris de petróleo nos reservatórios (conceito conhecido como oléo ‘in place’).
Normalmente, porém, na exploração de um poço é possível extrair em média 30%, do total —o que é chamado de reservas recuperáveis.
Neste caso, para os cinco campos, as reserva recuperáveis são de cerca de 400 milhões de barris.
Darros não quis informar quando a PPSA começará a vender o óleo, alegando que os acordos preveem a entrega da produção inicial ao concessionário, para compensar o investimento em plataformas e equipamentos.
A PPSA esta estruturando uma área de comercialização para vender o petróleo e o gás da União no pré-sal.
Fonte: Folha de São Paulo