Ações da Petrobras desabam e chegam a R$ 8,52

Em meio aos escândalos de corrupção na Petrobras, as ações ordinárias (PETR3) e preferenciais (PETR4) da maior estatal brasileira chegaram a valer R$ 8,52 nesta segunda-feira (15). Consequentemente, quem detém papéis da empresa, está amargando um prejuízo e segundo especialistas este não é o momento de vender. Isso seria, como dizem no jargão financeiro, “realizar” o prejuízo.

O que o mercado quer agora é a garantia de que o governo vai tomar alguma atitude em relação aos fatos que têm sido divulgados sobre a Operação Lava Jato. O mais esperado é a troca do alto escalão da empresa.

O Ibovespa principal índice da bolsa brasileira fechou nesta segunda em baixa de 2,05%, aos 47.018 pontos. A não publicação do balanço em 13 de novembro foi um fato muito ruim para o mercado que já estava desconfiado. O segundo adiamento do balanço, na sexta-feira (15) foi pior porque os investidores sabem que sem publicar o balanço a empresa não pode emitir dívida para pagar vencimentos futuros.

“Hoje havia uma dívida de R$ 7 bilhões vencendo, sem a publicação do balanço e sem caixa pelos prejuízos acumulados, ninguém sabe como a empresa continuará em solvência. O investidor está questionando isso e esperando que o governo tome uma atitude, de preferência troque a presidente da empresa, pois ela está vendo tudo o que ocorre e não age”, explicou Celso Plácido, estrategista-chefe da XP Investimentos.

Plácido lembra que no último debate presidencial, em 24 de outubro, a presidente Dilma Rousseff disse que as pessoas que comprassem ações da Petrobras ia ganhar dinheiro. Desde então as ações já caíram cerca de 43%.”

“A pergunta que todos fazem agora é: como ela vai pagar as dívidas? Como a empresa sai disso? A pressão é pela publicação do balanço auditado, mas também pela troca do alto escalão, pois é preciso sinalizar que algo vai ser feito. A resposta está demorando.”

“Em 24 de outubro, preferenciais eram negociadas a R$ 16,30, enquanto hoje fechou em R$ 9,18, queda de 43,7%. Já as ordinárias (ON), valiam R$ 15,70 em outubro e hoje fecharam em R$ 8,52 (recuo de 45,7%). É um grande prejuízo. Mas eu não recomendo vender agora, é preciso esperar a recuperação.”

Plácido explica que a não divulgação do balanço auditado gera problemas, pois sem o documento, não é possível emitir novos papéis, nem rolar dívidas. Até junho, a empresa tem R$ 56 bilhões para pagar aos credores.

Fonte: iG

 
 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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