Alagoinhas: uma campanha difícil – Maurílio Fontes

ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2008

A despeito das dificuldades burocráticas impostas pela legislação eleitoral, a campanha em Alagoinhas tende a desenvolver-se com obstáculos adicionais para os candidatos (os quatro principais) em função da complexidade e das demandas da cidade.

A candidatura do PSDB, que largou na frente, terá que demonstrar musculatura nos últimos 60 dias, coisa que nas disputas passadas não se tornou realidade.

A candidatura do PT, de outro lado, terá de colar sua imagem à do prefeito, que na verdade é o grande eleitor, visto que bancou um nome que sabidamente teria dificuldades para agregar os velhos companheiros que sempre estiveram juntos da sigla petista.

O candidato do PC do B, embora tenha agregado em torno de si um grande número de agremiações partidárias, deverá ter cuidado com o discurso antipetista, porque se forçar demais sairá de um campo no qual seus potenciais eleitores circulam.

A candidatura do PMDB, por seu turno, precisa encontrar o correto diapasão de seu discurso – já largamente conhecido como a antítese do PT – para que não fique navegando ora em uma direção ora noutra.

Os desafios são enormes, as apostas estão feitas e os eleitores indecisos começam a pensar na direção da tomada de decisão em quem votar no dia 5 de outubro.

Tal qual nas partidas de futebol, esta eleição em Alagoinhas não será igual às outras, porque os atores políticos são diversos, a percepção dos eleitores também e as forças políticas agrupadas em torno de uma candidatura se posicionam de forma diferente (algumas, claro) de 2000 e 2004, só para ficarmos nas eleições mais próximas e que de certa forma ainda estão na cabeça dos eleitores.

Artigo publicado originalmente no blog Notícias do Litoral Norte em 19 de julho de 2008

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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