“A união entre os órgãos neste momento é fundamental”, afirma vice-governador João Leão

O vice-governador do Estado, João Leão, e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, se reuniram em Salvador, na tarde desta terça-feira, 22, para discutir e cobrar medidas mais efetivas do governo federal, além da limpeza nas praias. O encontro aconteceu no Comando do 2º Distrito Naval, no bairro do Comércio.

“A união entre os órgãos neste momento é fundamental para tentarmos solucionar os problemas que estamos enfrentando. Acredito que o mais importante é descobrir de onde está vindo o óleo. Desta maneira poderemos buscar medidas que evitem a chegada de novas manchas em regiões mais sensíveis”, destacou João Leão.

De acordo com informações da S Secretaria de Comunicação Social do governo (Secom), além das ações de limpeza e retirada dos produtos nas praias, as atenções estão voltadas para a proteção dos usuários. Segundo o secretário estadual do Meio Ambiente, João Carlos Oliveira, é necessária uma posição e resposta de como os estuários e manguezais baianos serão protegidos.

“Estamos falando de uma região onde o turismo se configura como base econômica, com milhares de pessoas que dependem direta e indiretamente desse ambiente marinho, seja para alimentação ou para geração de renda. Portanto, continuaremos cobrando medidas efetivas para manter o óleo afastado destes locais. Não podemos nos ater apenas ao trabalho de limpeza das praias, é preciso mais”, pontuou o secretário.

A operação liderada pela Marinha do Brasil, segundo o ministro da Defesa, está dividida em três pontos. “Temos a parte das investigações, para saber a origem desse desastre; a contenção do óleo, para evitar o avanço em outras áreas; e a parte de controle de danos das praias afetadas”, explicou Fernando, mencionando que há 15 navios da Marinha focados na operação, com 1.500 pessoas trabalhando.

“Na minha ótica vamos sofrer muito. Vamos continuar sofrendo. Para mim, não vai ficar apenas nessas manchas que chegaram”, disse o vice-governador, João Leão, após deixar um encontro no 2° Distrito Naval, em Salvador, na companhia do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e o comandante de operações navais da Marinha, Leonardo Puntel.

Ainda de acordo com o vice-governador, mil capelães chegarão para auxiliar no trabalho de retirada das manchas de piche que, nesta segunda-feira, 22, chegou até o terceiro maior destino turístico do estado: Morro de São Paulo.

“Estamos atacando. A Marinha mandou de imediato um navio para Morro de São Paulo. A estratégia é essa daí, atacar o problema onde ele existe. A Marinha está no Nordeste com 15 navios em um esforço grande, com 1,5 mil homens de 48 organizações militares”, informou o ministro sem explicar, de forma efetiva, quais os procedimentos estão sendo feitos para conter o avanço do oléo cru.

Segundo relatório do Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), 231,517 toneladas já foram retiradas até agora de toda a costa baiana. Sete municípios decretaram emergência.

 

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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