Lula senta nesta terça no banco dos réus da Lava Jato

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será interrogado nesta terça-feira, 14, na Justiça Federal em Brasília. É a primeira vez que Lula senta no banco dos réus da Operação Lava Jato.

O depoimento do petista está marcado para as 10h no processo em que é acusado por suposta tentativa de comprar o silêncio do ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró.

São réus nesta ação, além de Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, o ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT/MS), o banqueiro André Santos Esteves, o ex-assessor de Delcídio Diogo Ferreira Rodriguez, o advogado Edson Siqueira Ribeiro Filho, e o filho de Bumlai, Maurício Barros Bumlai.

Delcídio é um dos delatores da Lava Jato. Ele foi preso em flagrante novembro de 2015, por determinação do Supremo Tribunal Federal.

Em troca da liberdade, o ex-líder do Governo no Senado assinou termo de colaboração premiada com a força-tarefa da Procuradoria-Geral da República.

Lula, Delcídio e os outros são acusados de “agirem irregularmente para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato”. O interrogatório do ex-presidente estava marcado para 17 de fevereiro.

Após a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher do petista, ocorrida no dia 3 de fevereiro, o juiz adiou o depoimento do ex-presidente para 14 de março.

A expectativa em torno do depoimento de Lula é excepcional. A audiência vai até provocar mudanças no trânsito no entorno do prédio da Justiça Federal em Brasília.

Segundo a Assessoria de Imprensa da Justiça, desde o início da manhã, a W2 Norte (na extensão Pão de Açúcar – Justiça Federal – até a Harley Davidson) estará interditada para o tráfego de veículos.

Curitiba

O outro depoimento de Lula como réu está marcado para 3 de maio, às 14h, desta vez frente a frente com o juiz federal Sérgio Moro símbolo da Lava Jato.

No processo que corre na 13ª Vara Federal em Curitiba o petista é acusado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Esta será a primeira vez que o petista e Moro ficarão frente a frente na sala de audiência do 2.º andar do prédio da Justiça Federal na capital paranaense.

Neste caso, a denúncia do Ministério Público Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012.

As acusações contra Lula são relativas ao suposto recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantido pela empresa Granero de 2011 a 2016.

Fonte: Estadão

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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