Retirar o sofá da sala não resolve a questão alagoinhense-brasiliense – Maurílio Fontes

Hipocrisia é algo comum à raça humana. Na política, entretanto, é matéria prima recorrente como instrumento para ludibriar os incautos e a imprensa amestrada, tão hipócrita quanto os enganadores de plantão.

Outros, indignados pueris, cumprem seu papel irrelevante na tentativa de construir um consenso às avessas, que busca encobertar traquinagens com recursos públicos. O Alagoinhas Hoje sempre estará fora desta raia e na contramão dos interesses dos falsos pudicos, apesar dos descontentamentos, pressões e até mesmo ameaças.

O Alagoinhas Hoje não se contenta com as coleiras caninas. Apesar de todo o falso clima de comoção e de verborragia oportunista, não se calará quando o interesse público estiver em jogo.

Muitos elastecem os conceitos entre o público e o privado com base em nossa história patrimonialista de apropriação dos recursos do erário.

Na questão alagoinhense-brasiliense os arautos da moral comezinha optaram por acusar do site ao invés de cobrar a prática dos bons costumes, mesmo na capital da República.

Retirar o sofá da sala, em um passe infantilóide de mágica, para superar a situação e seguir em frente sem olhar pelo retrovisor não resolve a questão alagoinhense-brasiliense.

Manobra meramente diversionista que colabora apenas para transformar a política em algo ainda mais asqueroso.

A falta de destreza tecnológica do presidente da Câmara de Vereadores foi questionada? Não, pois os bons moços tudo podem e o culpado é o Alagoinhas Hoje por ter se imiscuído em uma conversa íntima.

Mas há diálogo privado em uma rede social tão poderosa quanto o WhatsApp?

Contactado pelo Alagoinhas Hoje antes da publicação, o presidente do legislativo não deu importância à ligação de Júlio Augusto, que buscou questioná-lo sobre as razões da gravação e de seu envio ao editor do site.

Torres só ligou para Júlio após o início da repercussão da matéria e a viralização quase que imediata nas redes sociais.

O silêncio dos comprometidos, que fazem vida por meio de informações de interesse público, tal qual as “moças da vida de fino trato de Brasília”, que usam seus atributos majestosos, já não consegue barrar a multiplicação do conhecimento dos fatos graças às redes sociais.

Eles apenas se enganam quando pensar estar enganando o povo.