Dilma terá que pagar faturas por uma reeleição apertada

Em eleições ou reeleições apertadas, como é praxe, apoios são sempre superestimados e, consequentemente, as faturas a serem pagas estarão em níveis estratosféricos. Assim é será o segundo mandato da presidenta reeleita, totalmente devedora de seus aliados. A composição do ministério demonstrará esta assertiva.

Não há como fugir deste cenário e a presidenta terá que mudar sua performance, abrindo-se mais para a sociedade, deixando de ser inacessível e isolacionista, marcas principais de seu primeiro mandato, reconhecidas e criticadas até mesmo em seu partido.

Lula, o grande eleitor de Dilma, exigirá mais espaço e participação em toda a arquitetura do novo governo, indicando, influenciando e determinado os rumos da segunda administração de sua criatura política, que demonstrou e ratificou não possuir voo próprio.

Dilma é lulodependente e continuará sendo assim até 31 de dezembro de 2018. Não há outra estratégia para ela. Talvez, esta seja a maior fatura a ser paga.

Maurílio Fontes – Editor do Alagoinhas Hoje