Relação de Cláudio Castro com o PL muda após operação no Rio

A popularidade angariada por Cláudio Castro com a operação da semana passada contra o Comando Vermelho levantou um questionamento entre lideranças do PL: a dúvida se o governador, que sempre teve uma relação distante da cúpula, poder deixar a legenda.
Castro sinalizou a aliados que, apesar de já ter se sentido preterido em diferentes ocasiões pela legenda, vai permanecer no PL. A leitura que compartilhou com interlocutores é que deixar a sigla neste momento poderia ser visto como uma espécie de traição.
O governador tem dito, no entanto, que sua relação com os integrantes do PL mudou. Desde a ação policial, Castro passou a ser procurado por uma série de parlamentares do próprio partido que antes o ignoravam. Chamou atenção a mudança de postura de membros da própria família Bolsonaro, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que postou um vídeo com o governador — algo que raramente faz. Castro no entanto, continua distante do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Como informou a coluna, em conversas reservadas, o governador avalia que se “emancipou” do ex-presidente e de seus filhos, e que tem força para fazer voo solo na disputa por uma vaga no Senado pelo Rio. Ele entende que, se o plano fosse concorrer ao Palácio do Planalto, ainda precisaria da família, mas descarta entrar nessa disputa.

