Economia brasileira tem forte desaceleração em fevereiro, diz BC

A economia brasileira registrou forte desaceleração em fevereiro, apesar de ter marcado o segundo mês seguido de expansão, sinalizando que a atividade deve ter um ano difícil.

Os dados são do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), que avançou 0,24% em fevereiro sobre o mês anterior.

Em janeiro, a expansão mensal havia sido de 2,35%, considerando dados revisados e dessazonalizados. Anteriormente havia sido divulgada alta de 1,26% no primeiro mês do ano.

O indicador –que já foi considerado uma espécie prévia do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), mas que deixou de ser analisado dessa forma por diferenças entre os resultados– ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, cuja mediana de 23 projeções apontava alta de 0,3%.

Na comparação com fevereiro de 2013, o IBC-Br avançou 1,63% e acumula em 12 meses alta de 2,41%, ainda segundo dados dessazonalizados.

A avaliação geral dos agentes econômicos é que a economia brasileira vai desacelerar neste ano.

Pesquisa Focus do BC mostra, por exemplo, que a expectativa dos economistas é de expansão do PIB de 1,65% em 2014. No ano passado, a atividade cresceu 2,3%.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu sua estimativa para 1,8%, na terceira queda consecutiva.

INFLAÇÃO

O cenário de atividade mais fraca neste ano vem junto com o da inflação ainda elevada, que levou o BC a aumentar a taxa básica de juros a 11%, afetando ainda mais o consumo via encarecimento do crédito.

Em fevereiro, a produção industrial brasileira havia avançado 0,4%, no segundo mês seguido positivo, enquanto as vendas no varejo também tiveram resultados positivos nos dois primeiros meses do ano.

IBC-BR E PIB

O IBC-Br já foi considerado uma prévia do crescimento do PIB, mas o descolamento entre os dois índices levou o mercado a não fazer mais essa comparação.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos.

O PIB, calculado pelo IBGE, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

Fonte: Folha de São Paulo

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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