“Volume morto” de Dilma é herança de erros do primeiro mandato
Na avaliação do Palácio do Planalto, a pesquisa CNT/MDA mostra que o governo Dilma Rousseff está no “volume morto”, expressão usada pelo ex-presidente Lula em junho. As razões são a crise econômica, que é uma herança da política econômica errada do primeiro mandato, e a crise política, que se agravou devido às investigações da Lava Jato e à inabilidade de Dilma para lidar com o PMDB e os aliados.
De acordo com pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça, o governo tem apenas 7,7% de aprovação. Esse resultado é parecido com o que foi apurado pelo Datafolha e o Ibope recentemente.
O levantamento CNT/MDA mostrou ainda que 62,8% dos entrevistados são favoráveis a um impeachment da presidente.
Em resumo, o governo ganha fôlego num dia com as dificuldades do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas perde gás no outro dia quando uma pesquisa mostra que a grande maioria dos brasileiros é a favor do impedimento de Dilma.
O levantamento CNT/MDA aponta que, se a eleição fosse realizada hoje, o ex-presidente Lula perderia em segundo turno para os três possíveis candidatos tucanos ao Palácio do Planalto, o senador Aécio Neves (MG), o governador Geraldo Alckmin (SP) e o senador José Serra (SP).
Mas, hoje, a disputa real no PSDB está entre Aécio e Alckmin. Serra seria um azarão.
O senador mineiro aparece mais forte porque foi candidato à presidência em 2014 e seu nome está mais vivo na memória dos eleitores.
Já Alckmin tem trabalhado para ser um nome mais moderado no partido. Conta a seu favor o fato de governar o Estado onde o PSDB teve mais votos no ano passado.
Apesar dos cenários indicarem a derrota de Lula, ele ainda é um nome forte. A chance do petista crescerá ou diminuirá a depender do desempenho do governo Dilma.
Fonte: Blog do Kennedy