Velhos ou novos: o que os eleitores de Alagoinhas vão escolher em 2020? – Maurílio Fontes

Após a folia momesca, que termina no dia 6 de março, ninguém segurará mais o início do processo eleitoral do próximo ano.

O cenário ainda é indefinido, mas algumas variáveis devem se consolidar: o prefeito Joaquim Neto trabalha para ser candidato à reeleição; o PT terá candidato (se unido ou desunido, só o tempo dirá); o ex-prefeito Paulo Cezar se movimenta para mais uma disputa majoritária (sua quinta participação no pleito como cabeça de chapa); o grupo do deputado federal Paulo Azi articula candidatura própria; o presidente do legislativo alagoinhense, vereador Roberto Torres, poderá participar de uma chapa majoritária; a atual vice-prefeita de Alagoinhas, professora Iraci Gama, deverá ficar fora da chapa do atual prefeito (o pragmatismo, necessário em muitas situações, deverá passar sobre ela como rolo compressor); Juscélio Carmo é outro nome no tabuleiro (circunstâncias futuras definirão ou não sua possível candidatura). 

O título deste artigo, mais do que uma provocação, é  questionamento que tem grande relevância. Velhos ou novos: o que os eleitores de Alagoinhas vão escolher em 2020? 

Na resposta à indagação do articulista pode estar o fio condutor da disputa eleitoral de 2020. Não é resposta fácil, muito pelo contrário, porque será preciso auscultar a sociedade e demarcar sua disposição em manter os velhos nomes da política local no jogo sucessório ou acolher os novos que pretendem entrar no “ringue” eleitoral.

Como velhos nomes (haverá muita controvérsia, mas quem analisa não pode ter medo de expressar opiniões), de pronto, podem ser citados o prefeito Joaquim Neto, os ex-prefeitos Paulo Cezar e Joseildo Ramos, a vice-prefeita Iraci Gama (candidata majoritária em 1992, vereadora por um mandato e secretária de Cultura pela quarta vez). 

No campo dos novos nomes (frise-se que neste artigo trato da disputa majoritária) estão o petista Luciano Sérgio, o ex-secretário de Educação da Prefeitura de Alagoinhas, Fabrício Faro, o vereador Roberto Torres (não disputou uma única vez o Executivo, apesar dos três mandatos de vereador e do longo tempo à frente da gestão da Casa). 

A primeira disputa será entre manutenção e mudança.

Se grande parte do eleitorado escolher a manutenção, na contramão do que se viu nas eleições de 2018, os velhos nomes da política alagoinhense chegarão com força na folia eleitoral de 2020. 

Se uma onda mudancista se estabelecer nos próximos meses, os novos nomes terão suas chances de sucesso ampliadas, caso saibam construir discursos e compromissos que atendam aos interesses da maioria eleitoral. 

Parto do pressuposto de que o deputado Joseildo Ramos não será candidato pela sexta vez e trabalhará para a oxigenação do partido em Alagoinhas na disputa majoritária.

O ex-vereador Radiovaldo Costa, nome híbrido, com características de velho e novo, terá papel relevante no futuro pleito. 

Neste momento, as incógnitas são muito maiores do que as respostas, mas a ciência nos ensinou que o primeiro passo para a resolução de um problema é fazer as indagações corretas. 

Pesquisas ao longo do ano serão importantes para balizar os humores dos eleitores alagoinhenses.

 

 

 

 

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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